Facebook Watch

Os vídeos exibidos na timeline não são suficientes. O Facebook também planeja se tornar uma grande plataforma de produções originais. Para tanto, o serviço terá uma área chamada Watch que mostrará de séries a jogos esportivos. O anúncio foi feito pelo próprio Mark Zuckerberg.

Isso significa que, além do YouTube, o Facebook está querendo fazer frente a serviços como Netflix e Amazon Prime Video? Mais ou menos. Pelo menos inicialmente, os vídeos originais disponibilizados no Watch serão gratuitos para os usuários. A semelhança como os mencionados serviços está na aposta em conteúdo exclusivo.

A ideia vem sendo tratada há algum tempo pelo Facebook. Para a companhia, quanto mais tempo os usuários gastam na rede social, melhor. Hoje, sabe-se bem que vídeos são uma importante forma de retenção de atenção. Por conta disso, não é de se estranhar que o Facebook esteja seguindo por esse caminho.

Todas as produções estão sendo criadas por parceiros (embora algumas estejam sendo financiadas pelo Facebook). A princípio, a remuneração será feita com publicidade: os produtores ficarão com 55% da receita com anúncios exibidos durante os vídeos; o Facebook ficará com os 45% restantes.

Ao acessar a aba Watch — tanto nos aplicativos móveis quanto na versão web do Facebook —, o usuário encontrará recomendações personalizadas sobre o que assistir. Haverá inclusive categorias como “o que os seus amigos estão assistindo” e “o que está fazendo as pessoas rirem”. Será possível também se inscrever para ser notificado sobre novos episódios de determinados programas.

Facebook Watch

É claro que o Facebook também explorará as suas características de rede social para promover os vídeos: os usuários poderão indicar episódios a amigos, participar de discussões sobre os programas, dar feedback aos produtores e por aí vai.

Para fazer o Watch convencer desde o início, o Facebook fechou parcerias com vários produtores e canais de conteúdo. Entre os primeiros programas confirmados estão Kitchen Little (da rede Tastemade), Gabby Bernstein (vídeos motivacionais) e Major League Baseball (transmissões ao vivo de jogos da liga).

Chama atenção o fato de que haverá muito conteúdo de curta duração. Isso permitirá, por exemplo, que o usuário veja algum vídeo enquanto estiver no metrô ou na sala de espera do dentista.

As condições ainda não estão claras, mas, além dos anúncios do Facebook, os próprios criadores poderão fazer inserções com fins publicitários em seus vídeos. O plano é atrair um grande número de produtores de conteúdo. Isso pode até fazer canais bastante visitados saírem do YouTube e irem para o Facebook. Sinal de alerta para o Google? Eu diria que sim.

Mas não vai ser nada tão imediato. O Facebook Watch será disponibilizado nos próximos dias para um número pequeno de usuários nos Estados Unidos. Somente depois de testes e aperfeiçoamentos é que o Facebook liberará a plataforma de modo amplo.

Até o momento, não há informações sobre disponibilidade no Brasil.

Com informações: TechCrunch, Business Insider

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Canal Exclusivo

Relacionados