Apple é hackeada por jovem fã da empresa que obteve 90 GB de dados

Apple garante que a invasão não afetou dados pessoais de clientes

há 5 anos e 8 meses • Atualizado há 2 anos e 4 meses

Um adolescente da Austrália conseguiu acessar servidores da Apple ao longo de um ano e baixar 90 GB de dados confidenciais, colocando tudo em uma pasta chamada “hacky hack hack”. A empresa diz que o vazamento não afetou informações de seus clientes.

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O jovem de Melbourne, cujo nome não foi revelado por razões jurídicas, está sendo processado por invadir a rede da Apple e roubar documentos da empresa, segundo o veículo australiano The Age. Ele tem 16 anos.

A Apple descobriu a invasão e contatou o FBI, que comunicou o incidente à Polícia Federal Australiana (AFP). Ela obteve um mandado de busca e revistou a casa da família, confiscando dois MacBooks, um celular e um disco rígido. Os números de série dos laptops correspondiam aos dispositivos usados para acessar a rede da empresa.

O advogado de defesa diz que o jovem é fã da Apple, e considerava um “sonho” trabalhar para a empresa um dia. Além disso, o réu é “bem conhecido” pela comunidade internacional de hackers, e comentava suas proezas via WhatsApp.

O adolescente se declarou culpado, e receberá a sentença no mês que vem.

“Em nenhum momento seus dados pessoais foram comprometidos”

A Apple enviou um comunicado à imprensa reconhecendo que sofreu uma invasão, mas garantindo que os dados de clientes não foram afetados. O texto segue abaixo na íntegra:

Na Apple, protegemos nossas redes de forma atenta e temos equipes dedicadas de profissionais de segurança da informação que trabalham para detectar ameaças e responder a elas. Neste caso, nossas equipes descobriram o acesso não-autorizado, o contiveram e relataram o incidente à polícia.

Consideramos a segurança de dados de nossos usuários como uma de nossas maiores responsabilidades e queremos garantir a nossos clientes que, em nenhum momento durante este incidente, seus dados pessoais foram comprometidos.

Com informações: ZDNet, Reuters.