Fraude eleitoral e vídeos com deepfake viram problema em escolas dos EUA

A competição dentro de escolas está ganhando novas dimensões com a ajuda da tecnologia – e em um sentido um pouco assustador

Ana Marques
Por
• Atualizado há 1 ano e meio

O uso de tecnologia para tentar burlar sistemas ou causar algum tipo de prejuízo a um indivíduo ou grupo de pessoas em benefício próprio, infelizmente, não é mais uma novidade. Mas, recentemente, as fraudes eleitorais e a propagação de fake news chegaram até às escolas nos Estados Unidos, intensificando aquele clima de competição altamente representado em filmes e seriados americanos – e de uma forma nada saudável.

Crimes cibernéticos viram problemas em escolas dos EUA (Imagem: Soumil Kumar/Tecnoblog)

Crimes cibernéticos viram problemas em escolas dos EUA (Imagem: Soumil Kumar/Tecnoblog)

Fraude eleitoral em um colégio da Flórida

Um caso que ganhou grande repercussão nos últimos dias envolve mãe e filha que foram acusadas de hackear as eleições de rainha do baile em uma escola na Flórida. Laura Rose Carroll, 50, e sua filha de 17 anos, foram presas pelo uso ilegal de computadores e informações de identificação pessoal.

A investigação do Departamento de Polícia da Flórida revelou que dezenas de votos de alunos haviam sido computados a partir de um único IP, que remeteu à Carroll. Ela era diretora-assistente da escola e tinha acesso ao sistema que rastreia as informações dos alunos. A mulher se aproveitou disso para beneficiar sua filha no evento escolar.

Deepfake foi usada para expulsar líderes de torcida

Na Pensilvânia, outro caso do uso indevido da tecnologia – dessa vez envolvendo o uso de deepfake para prejudicar participantes de um time de líderes de torcida, o Victory Vipers.

A situação ocorreu em março, quando uma mãe criou vídeos falsos colocando as adolescentes em situações que infringiam as regras de participação no time (envolvendo bebidas, cigarro e nudez). Raffaela Spone enviou os vídeos e fotos forjados aos treinadores, para que as alunas fossem expulsas do grupo.

Spone enfrenta acusações por assédio cibernético de crianças e crimes relacionados. A filha dela não recebeu nenhum processo, pois não foram reveladas evidências de que ela estava ciente das ações da mãe.

Com informações: Engadget e CNET

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e escreve sobre tecnologia há 7 anos. Formada pela UFRJ, está na equipe do Tecnoblog desde 2020. Já passou pelo TechTudo (Globo) e pelo hub de conteúdo do Zoom, onde cobriu eventos nacionais e internacionais, analisando celulares, fones e outros eletrônicos. De 2019 a 2022, escreveu a coluna semanal "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Antes disso tudo, cursou Farmácia e fundou uma banda de rock.

Relacionados

Relacionados