Facebook é alvo de ativistas pró-Palestina no Google Play e App Store

Ativista palestinos acusam Facebook de censura e bombardeiam aplicativo para iOS e Android com avaliações negativas

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Quais são os investimentos mais arriscados? (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)

Apicativo do Facebook vem sofrendo com avaliações de 1 estrela  (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)

Boicote às marcas por meio da avaliação negativa de aplicativos não é novidade. Contudo, uma campanha do movimento pró-Palestina tem preocupado o Facebook. O motivo: ativistas vêm deixando milhares de avaliações de 1 estrela no app da rede social na App Store, da Apple, e na Play Store, do Google; participantes da campanha alegam que a plataforma de Mark Zuckerberg censura postagens de palestinos sobre o aumento da violência em Israel.

O ativismo digital pró-Palestina está dando resultados; um membro do Facebook, de acordo com a NBC News, publicou em um grupo de mensagens interno que a companhia estava tratando as avaliações negativas de forma muito séria. Dentro da empresa, o protesto foi classificado como SEV1, ou severidade 1 — o nível mais grave é o SEV0, quando o site fica fora do ar.

Apple e Google decidem não intervir em notas do Facebook

“Nossos usuários estão frustrados com a forma em que estamos lidando com a situação. Eles sentem que estão sendo censurados, recebendo acesso limitado a suas publicações, e, por fim, silenciados. Como resultado, usuários estão protestando com avaliações de 1 estrela”, disse um engenheiro de software do Facebook em um canal interno da companhia. A nota do aplicativo até a tarde desta segunda-feira (24) é de 2,4 estrelas na App Store americana, e 2,3 na Play Store (média global de avaliações).

Por enquanto, as donas das lojas de aplicativos têm evitado intervir nas notas do Facebook. Uma mensagem nos canais internos da empresa alega que a Apple recusou um pedido feito pela rede social de suspender as notas na App Store. O Google, proprietário da Play Store, não comentou o caso.

Em comunicado à NBC News, o Facebook afirmou que dá voz a todos independente do pensamento político ou religioso. “Temos um time dedicado, que inclui porta-vozes árabes e hebreus, monitorando de perto a situação, e que estão focados em remover com precisão conteúdo malicioso, enquanto corrigimos com celeridade erros de conduta”, disse a rede social.

Com informações: NBC News, The Verge e Engadget

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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