Mais uma pirâmide de bitcoin é alvo da Polícia Civil em operação “Faraó”

Operação Faraó, deflagrada pela Polícia Civil do estado de Rondônia, mira empresa acusada de ser pirâmide financeira de bitcoin (BTC); uma pessoa foi presa

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 2 anos e 2 meses
Polícia Federal (Imagem: André Gustavo Stumpf/Flickr)

Na última sexta-feira (24), a Polícia Civil do estado de Rondônia deflagrou uma nova operação contra mais uma suposta pirâmide financeira de bitcoin (BTC) no Brasil. Na chamada operação “Faraó”, as autoridades realizaram uma prisão e cumpriram mandados de busca e apreensão contra uma empresa (cujo nome não foi divulgado) suspeita de ter usado o ativo digital e promessas de lucros surreais para atrair investidores.

A operação foi realizada pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Cacoal, do estado de Rondônia. A empresa alvo é acusada de cometer “crimes contra a economia popular, estelionato, lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e organização criminosa em Cacoal-RO“, conforme revelou a polícia em comunicado.

A PC-RO também detalhou que as investigações que culminaram na prisão de sexta-feira foram realizadas durante meses, analisando a operação da suposta empresa de investimentos. Durante esse período, as autoridades concluíram que o sistema demonstrava indícios se ser um esquema criminoso.

Bitcoin seria usado para atrair vítimas

Nesse caso, criptomoedas, com destaque para o bitcoin, parecem ter sido utilizadas para montar a fachada do que seria, na realidade, uma pirâmide financeira. A Polícia Civil do estado acredita que o esquema já pode ter lesado alguns investidores. Ainda não há nenhuma comprovação de que o grupo negociava de fato qualquer ativo digital.

A Operação Faraó resultou em uma prisão na sexta-feira, mas o nome da pessoa detida não foi divulgado. Os mandados de busca e apreensão confiscaram uma série de aparelhos eletrônicos, como computadores, notebooks, celulares e smartwatches. Até mesmo uma arma de fogo sem registro, “do tipo pistola”, foi encontrada.

Operação Faraó apreende computadores e outros eletrônicos (Imagem: Reprodução/Rede Amazônica)

No entanto, as informações ainda são escassas. “A operação continua em andamento, mas já contabiliza uma prisão”, afirmou a PC-RO em comunicado. Porém, as autoridades não revelaram se foi apreendido qualquer valor em dinheiro, bitcoin ou em outras criptomoedas. Os demais detalhes da investigação seguem em sigilo.

Polícia reforça combate a pirâmides financeiras

Esse caso é a mais recente pirâmide financeira envolvendo criptomoedas, mais especificamente o bitcoin, que chegam à mídia. Nos últimos meses, as polícias federal e estaduais vêm realizando operações contra diversas empresas suspeitas de crimes contra a economia popular.

O caso mais emblemático desse cenário no Brasil é o da GAS Consultoria Bitcoin, empresa de Cabo Frio, RJ, acusada de ser um esquema de pirâmide que teria movimentado US$ 38 bilhões ao longo de anos de operação. Em agosto, Glaidson Acácio dos Santo, o líder da companhia, foi preso durante a primeira fase da Operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o GAECO/MPF.

Com informações: G1

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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