280 mil roteadores foram invadidos para minerar criptomoeda, a maioria no Brasil
Roteadores da MikroTik foram infectados com minerador de criptomoeda; falha foi corrigida em abril mas ainda é usada
Roteadores da MikroTik foram infectados com minerador de criptomoeda; falha foi corrigida em abril mas ainda é usada
Mais de 280 mil roteadores da MikroTik estão infectados com um minerador de criptomoeda. A mesma falha de segurança está sendo usada em diferentes ataques, que atingem principalmente o Brasil. Ela já foi corrigida em abril, mas muita gente não instalou a atualização.
O pesquisador Troy Mursch catalogou 64 versões diferentes dessa invasão, que usa o navegador web para minerar criptomoeda. A mais recente delas afeta quase 6.500 dispositivos, 4.500 deles no Brasil.
Em todos os casos, o malware intercepta parte do tráfego que passa pelo roteador, e inclui um minerador no código do site visitado. Ele mantém a atividade do processador em cerca de 80%, em vez de consumi-lo totalmente: dessa forma, seu computador consegue rodar outras tarefas enquanto minera criptomoedas.
Ele usa a falha CVE-2018-14847, corrigida pela MikroTik em abril. No entanto, milhares de roteadores ainda não instalaram a atualização. Se você tem um dispositivo da marca, visite o site da fabricante para baixar a versão mais recente do RouterOS.
https://twitter.com/bad_packets/status/1038967605690650625
No início de agosto, pesquisadores de segurança descobriram que hackers invadiram 72 mil roteadores da MikroTik no Brasil usando uma falha zero-day. O ataque logo se espalhou para 200 mil dispositivos no mundo, e agora atinge mais de 280 mil.
Na maioria dos casos, trata-se de uma versão modificada do Coinhive, código em JavaScript para obter Monero — ele rende US$ 250 mil a cada mês. No entanto, outros mineradores vêm sendo usados, como CoinImp, WebMinePool e OmineID.
Essa mesma falha da MikroTik também vem sendo usada para desviar tráfego. Os dados são redirecionados para um IP específico, e o hacker pode monitorar os sites que você visita e as informações sigilosas que você envia. Isso afeta mais de 7,5 mil roteadores, 600 deles no Brasil.
Com informações: Bleeping Computer, The Next Web.
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