Velocidade média do 4G cai 12 Mb/s em horários de pico nas capitais

Estudo da OpenSignal analisa 4G no Brasil, medindo a variação de velocidade entre hora de pico e demais horários

Lucas Braga
• Atualizado há 3 anos

A OpenSignal publicou um novo estudo sobre as redes móveis do Brasil. Utilizando dados coletados entre janeiro e dezembro de 2018, a empresa aponta que as operadoras não vêm entregando velocidades consistentes ao longo do dia. A média brasileira de velocidade é de 18,6 Mb/s, variando entre 16,4 Mb/s nos horários de pico e 28,6 Mb/s quando a rede está livre.

 

As medições apontam que os usuários das grandes cidades podem perceber uma variação de mais de 12 megabits por segundo nos horários de pico, se comparado aos momentos em que as redes ficam menos congestionadas.

Nas cidades analisadas, os horários em que as redes estão mais ocupadas são 18h (Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), 19h (Belo Horizonte e Manaus) e 20h (Brasília e Goiânia).

A queda de velocidade do 4G em horários de pico

A maior variação de velocidade foi em Brasília, onde a velocidade de download foi de 19,3 Mb/s no horário de pico, e 34,7 Mb/s nos momentos em que a rede estava menos congestionada. Em São Paulo, a velocidade média foi de 15,8 Mb/s no horário de pico, e 31,1 Mb/s fora do pico.

O estudo destaca que essa variação é algo desafiador para que as operadoras entreguem um serviço consistente, uma vez que várias delas oferecem franquia diferenciada ou zero-rating para aplicativos de streaming de vídeos (Netflix, YouTube), música (Deezer), redes sociais (Facebook, Instagram) e serviços corporativos.

Em janeiro, a OpenSignal publicou um extenso estudo avaliando o desempenho das operadoras em 13 capitais brasileiras. Em âmbito nacional, a Claro conquistou o prêmio de operadora com melhores velocidades, latência e experiência de vídeo, enquanto a TIM apresentou a maior disponibilidade de rede.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.