Amazon começa a vender livros usados no Brasil

Serviço de marketplace abre espaço para sebos e pessoas físicas venderem dentro da Amazon

Paulo Higa
• Atualizado há 7 meses

A Amazon lançou nesta quarta-feira (12) seu serviço de marketplace no Brasil, permitindo que outras pessoas físicas e jurídicas comercializem livros dentro da loja. Na prática, a novidade também abre caminho para que a Amazon venda livros usados e exemplares raros ou esgotados por meio de sebos, editoras e outros parceiros.

Segundo a Amazon, a oferta de livros está aumentando de 150 mil para 250 mil obras em português com a inclusão dos novos parceiros. O número deve subir a partir de hoje, com o lançamento do serviço para os consumidores. No mundo, 50% das vendas da Amazon vêm de outras lojas, não da própria Amazon.

O funcionamento é o mesmo da Amazon nos Estados Unidos: quando você acessar a página de um livro na loja, poderá ver, logo abaixo do preço, os valores praticados por outros comerciantes. Neste exato momento, O Guia do Mochileiro das Galáxias, por exemplo, é vendido por R$ 22,31 pela Amazon, mas há um exemplar usado “com marca de dobra na capa, sem riscos ou grifos no texto”, por R$ 16,25 mais frete.

Para quem vende, haverá dois planos. O Individual cobra R$ 2 por item vendido, mais uma comissão de 10% por transação. Já o Profissional tem mensalidade de R$ 19 e a mesma comissão por transação, mas não cobra a taxa fixa de R$ 2. Este último dá acesso a benefícios como gerenciamento de inventário com relatórios, tabela de pedidos, API e valores de envio definidos pelo vendedor.

Com uma conta unificada, os vendedores do marketplace poderão enviar seus produtos não somente para o Brasil, mas também para compradores da Amazon nos Estados Unidos, Canadá e México. Para começar a vender, é necessário ter um CPF/CNPJ válido, conta de e-mail, conta bancária e cartão de crédito ativo, além de fazer um cadastro no site da Amazon.

Para quem compra, a Amazon oferece a chamada Garantia de A a Z — se o consumidor não receber o item correto, na condição anunciada e dentro do prazo de entrega prometido, a empresa poderá devolver integralmente o valor pago. Além disso, caso um vendedor tenha reclamações constantes e não resolva os problemas, ele será removido da plataforma.

Com informações: Exame, Folha.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.