Apple já consertou algumas falhas de segurança expostas no vazamento da CIA
Quem utiliza iOS 10 já está seguro; empresa está rapidamente procurando por mais falhas
Nesta terça-feira (7), o Wikileaks soltou uma bomba com quase 9 mil documentos da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, que continham informações secretas sobre programas de espionagem. Os agentes conseguiam grampear conversas e interceptar mensagens enviadas pelo WhatsApp, por exemplo, por meio de vulnerabilidades exploradas no Android e iOS.
Os documentos detalham invasões nessas plataformas móveis de 2014 a 2016. Como aponta o TechCrunch, os relatórios descrevem vulnerabilidades que não só permitiam a espionagem de iPhones, como também o controle de certos aparelhos. As estatísticas não são nada animadoras: segundo o The Verge, há 24 formas diferentes de violar a segurança dos Androids, enquanto no iOS esse número é de 14.
Com a publicação das informações, criou-se um medo coletivo de que toda a segurança que pensamos ter em sistemas operacionais móveis não passava de uma falácia. Mas, em resposta ao TechCrunch, a Apple resolveu acalmar seus usuários e disse que a maioria das falhas publicadas no Vault 7 já foi consertada com o lançamento do iOS 10. Hoje, a última versão do sistema é utilizada por 80% dos usuários.
A Apple ainda disse que está trabalhando rapidamente para identificar outras possíveis vulnerabilidades ainda não consertadas, assegurando que a tecnologia dentro dos iPhones de hoje tem a melhor proteção de dados disponível. A empresa também recomendou que os usuários mantenham seus aparelhos atualizados com a última versão do iOS, que na data da publicação deste post é a 10.2.1.
Por mais que os documentos revelem falhas de segurança que afetem Androids, o Google ainda não se pronunciou a respeito. A Samsung também não falou nada ainda, apesar de um programa exposto, chamado de Weeping Angel (isso mesmo, fãs de Doctor Who), revelar que Smart TVs da empresa poderiam escutar e transmitir tudo o que ouviam, mesmo desligadas. Medo.