Apple suspende vendas de produtos na Rússia e limita apps de mídia estatal
Em decorrência da invasão à Ucrânia, a empresa norte-americana está interrompendo as vendas de iPhones, MacBooks, iPads e mais dispositivos na Rússia
Em decorrência da invasão à Ucrânia, a empresa norte-americana está interrompendo as vendas de iPhones, MacBooks, iPads e mais dispositivos na Rússia
A Apple comunicou nesta terça-feira (1) que suspendeu todas as vendas de produtos na Rússia, impedindo a compra de iPhones, MacBooks, iPads e outros dispositivos com a marca da maçã. O Apple Maps e a App Store também foram afetados. A ação da empresa norte-americana é mais uma na lista de restrições ao país de Vladmir Putin em decorrência da guerra na Ucrânia, que teve início com os bombardeios russos na última quinta-feira (24).
Apesar de os Estados Unidos terem anunciado a primeira leva de sanções econômicas contra o governo Putin no dia 22 de fevereiro, antes mesmo dos ataques militares, a Apple ainda mantinha seus serviços operando em meio aos conflitos e ameaças à Ucrânia.
Tim Cook chegou a publicar em seu perfil no Twitter que estava profundamente preocupado com a situação na Ucrânia, e afirmou que a Apple estava fazendo “tudo o que podia” por suas equipes no país, além de apoiar ações humanitárias locais.
Na última semana, o vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov enviou uma carta ao CEO da big tech pedindo que ele suspendesse a comercialização de produtos na Rússia, e que interrompesse também o acesso à App Store.
No comunicado divulgado hoje, a Apple detalha as ações da empresa em resposta à invasão, que incluem também a limitação de aplicativos de mídia estatal, RT News e Sputnik News. Veja o posicionamento na íntegra, a seguir:
“Estamos profundamente preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos com todas as pessoas que estão sofrendo como resultado da violência. Estamos apoiando os esforços humanitários, fornecendo ajuda para a crise de refugiados e fazendo todo o possível para apoiar nossas equipes na região.
Tomamos uma série de ações em resposta à invasão. Pausamos todas as vendas de produtos na Rússia. Na semana passada, paramos todas as exportações em nosso canal de vendas no país. O Apple Pay e outros serviços foram limitados. RT News e Sputnik News não estão mais disponíveis para download na App Store fora da Rússia. E desabilitamos os recursos de trânsito e incidentes em tempo real no Apple Maps na Ucrânia como medida de segurança e precaução para os cidadãos ucranianos.
Continuaremos a avaliar a situação e estamos em comunicação com os governos relevantes sobre as ações que estamos tomando. Nós nos juntamos a todos aqueles ao redor do mundo que clamam pela paz.”
Ao tentar realizar uma compra na loja online russa, até a publicação desta matéria, a plataforma exibia a mensagem: “A Apple Store está fechada no momento”.
Desde sábado (26), bancos russos não contavam mais com suporte ao Apple Pay. A suspensão aconteceu depois que os EUA e mais países associados à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) bloquearam o acesso da Rússia ao sistema SWIFT, que permite realizar autenticação de transações bancárias.
Segundo estatísticas de 2020, apenas cerca de 20% dos russos realizavam pagamentos com o Apple Pay — menos do que os 29% que usam o Google Pay no país. Ainda assim, o bloqueio do SWIFT tem o intuito de gerar grande impacto econômico, já que o sistema é usado por mais de 200 países, e seu corte isola a Rússia, causando volatilidade em sua moeda.