Apple TV+ deve custar US$ 9,99 por mês e chegar em novembro
Se confirmado, serviço de streaming de vídeo da Apple vai estrear na mesma época do Disney+
Se confirmado, serviço de streaming de vídeo da Apple vai estrear na mesma época do Disney+
O segundo trimestre do ano não foi dos mais animadores para a Netflix, mas os próximos poderão ser ainda mais desafiadores: o Apple TV+, serviço de streaming de vídeo da companhia de Cupertino, deve ser lançado em novembro deste ano em escala global. Nos Estados Unidos, o preço é estimado em US$ 9,99 por mês.
Pelo menos é o que aponta a Bloomberg. Fontes próximas à Apple disseram ao veículo que o serviço irá estrear com um acervo bastante limitado de produções, mas que a ideia é expandir o conteúdo no decorrer dos meses seguintes.
Como a concorrência no segmento de streaming é pesada, a Apple estaria cogitando adotar algumas estratégias para atrair e manter assinantes. Pode começar com um período gratuito de teste, até porque essa é uma prática comum no setor.
Depois viriam abordagens diferenciadas, como disponibilizar de uma vez só os três primeiros episódios de uma nova série para então liberar os seguintes semanalmente. Seria uma mistura da estratégia da Netflix, que libera uma temporada de uma vez só (com poucas exceções, como em Better Call Saul), com a tática da HBO ou Hulu, que liberam episódios semanais.
Se o Apple TV+ estrear mesmo em novembro, assistiremos a uma briga interessante: o Disney+ tem previsão de lançamento para o mesmo mês, mais precisamente, para 12 de novembro nos Estados Unidos, Canadá e Holanda.
Caso o preço de US$ 9,99 mensais do Apple TV+ se confirme, o Disney+ será mais vantajoso: o serviço deve ter preço inicial de US$ 6,99 por mês. Para fins de comparação, Netflix e Amazon Prime Video têm mensalidade inicial de US$ 8,99 nos Estados Unidos.
Para diferenciar o serviço, a Apple deve apostar na integração da nova plataforma com o seu ecossistema e, claro, na oferta de conteúdo exclusivo.
Entre as produções prometidas para o serviço estão o remake de Amazing Stories (cuja versão original foi ao ar entre 1985 e 1987), The Morning Show (com Jennifer Aniston, Steve Carell e Reese Witherspoon), See (com Jason Momoa), Truth Be Told (com Octavia Spencer) e For All Mankind (de Ronald Moore).
Só The Morning Show — série sobre bastidores de um programa matinal — tem custo estimado em US$ 300 milhões para as duas primeiras temporadas, dizem fontes próximas à produção.
É um montante alto, mas a Apple parece determinada a causar boa impressão com o seu conteúdo. No final de junho, o vice-presidente de serviços da Apple, Eddy Cue, chegou a declarar que a companhia vai priorizar “qualidade” em vez de “quantidade”.
Soa como um discurso clichê, mas a Apple tem motivos de sobra para levar essa afirmação a sério. Em primeiro lugar, está uma mudança de estratégia: como os consumidores têm levado mais tempo para substituir iPhones, iPads e Macs, a Apple está direcionando mais esforços a serviços.
Apple Music e Apple News+ fazem parte dessa manobra. O Apple TV+ também fará. De acordo com a Bloomberg, a companhia tem expectativa de atingir US$ 50 bilhões de receita anual com serviços a partir de 2020.
Além disso, a Apple sabe bem que a concorrência no setor de streaming de vídeo é deveras acirrada. A Netflix, por exemplo, vem sendo criticada pela qualidade de parte do seu conteúdo, mas está longe de ser deixada para trás. Já o Disney+ deverá disponibilizar um acervo invejável, incluindo franquias como Star Wars e Os Simpsons, além do universo da Marvel.