Black Shark 4 Pro, da Xiaomi, esgota devido à escassez de chips

Luo Yuzhou, CEO da Black Shark, notou o problema na linha de produção dos modelos mais recentes e promete reverter o cenário

André Fogaça
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Qualcomm Snapdragon 888 5G (Imagem: Divulgação/Qualcomm)
Qualcomm Snapdragon 888 5G do Black Shark 4 Pro (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

O smartphone gamer Black Shark 4 Pro parou de ser encontrado nas prateleiras das lojas, pouco tempo depois de ser lançado pela marca chinesa parceira da Xiaomi. A culpa do sumiço do celular não é a alta demanda pelo lançamento, mas sim a atual crise de chips, tornando escassa a produção deste tipo de componente para uma quantidade generosa de produtos em todo planeta.

O dedo apontado para a crise vem do próprio diretor executivo da marca, Luo Yuzhou. O CEO comentou em uma rede social da China que seu produto mais potente, junto da variante sem “Pro” no sufixo, já não pode ser mais encontrado no varejo por conta dos problemas da escassez deste tipo de componente.

Yuzhou ainda afirma que está tentando fazer o possível para aumentar a capacidade de fabricação do produto, sem explicar como. A crise neste setor começou no ano passado, junto do crescimento da pandemia de COVID-19 em todo o planeta. O problema já afeta não somente a fabricação de smartphones gamer, mas também todo mercado de celulares, consoles de videogame, carros e até dispositivos para casa conectada – basicamente alcançando tudo e todos.

Além da Black Shark, Xiaomi já sofre com escassez de chips

A Xiaomi, marca de onde saiu a Black Shark, também vem sofrendo com a crise e o ponto afetado dentro da casa pode ser justamente a maior vantagem da empresa contra seus concorrentes: o preço dos aparelhos. O perigo na alta dos valores cobrados foi levantado durante a apresentação dos resultados financeiros da companhia, no último semestre de 2020.

Na ocasião, Xiang Wang, presidente da Xiaomi, comentou que “certamente continuará a otimizar os custos dos dispositivos de hardware”, mas no mesmo momento alertou que “às vezes, poderá ter que repassar parte do aumento de custo para o consumidor, em diferentes casos”.

A Black Shark não disse qual parte de seu smartphone está com a fabricação comprometida, mas a Qualcomm, empresa responsável pelo SoC Snapdragon 888 do aparelho, já comentou para a Reuters que não sabe até quando poderá manter a promessa de entrega dos chips vendidos para seus parceiros comerciais.

Especialistas acreditam na retomada da produção de chips acontecendo apenas no ano que vem.

Com informações: Gizmochina.

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André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.