C6 Bank lança nova conta global para investir fora do Brasil

Nova conta global do C6 Bank permite investir em fundos hedge e mutual no exterior, mas fintech cobra caro pelo serviço

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
C6 Bank lança conta global de investimentos (Imagem: Reprodução)

C6 Bank lança conta global de investimentos (Imagem: Reprodução)

O C6 Bank lançou sua nova conta global de investimentos, e dá aos seus clientes uma oportunidade para diversificar o patrimônio com ativos no exterior. Pelo próprio app do banco é possível realizar o câmbio e aplicações, mas a instituição financeira cobra caro por isso: o preço das operações não é baixo e ainda há tarifa de anuidade.

O C6 Bank já possui uma conta global, e o produto é indicado para quem quer guardar dinheiro em dólar ou euro e gastá-lo no exterior com um cartão de débito. A nova conta é voltada para investimentos, o que torna o banco brasileiro como uma opção interessante para quem quer diversificar as aplicações.

O problema é que essa conta global é para poucos: o C6 Bank exige investimento mínimo no exterior de US$ 50 mil, o que equivale a cerca de R$ 280 mil em conversão direta; após a aplicação inicial, o cliente pode fazer remessas a partir de US$ 1 mil.

As taxas cobradas pela conta global de investimentos do C6 Bank também são altas:

Serviço Tarifas
Anuidade da conta global US$ 500
Custo de manutenção 0,6% ao ano para quem tem até US$ 1 milhão investidos
Taxa regressiva para aplicações acima de US$ 1 milhão
Tarifa de aplicação ou resgate US$ 28 por cada transação
Spread de câmbio 1%

Além das tarifas, o cliente precisa arcar com o IOF de 0,38% pela operação de câmbio. Também há incidência de Imposto de Renda nas aplicações, e a alíquota varia entre 15% a 22% com cobrança automática no momento do resgate.

Conta global do C6 Bank só aplica em fundos estrangeiros

Assim como na outra conta global, a sede da conta de investimentos é nas Ilhas Cayman. Nesse primeiro momento, é possível investir apenas em fundos hedge e mutual; o C6 Bank também promete suporte futuro a ações de bolsas estrangeiras, ETFs, ADRs e bonds.

Conta global permite investimentos em fundos hedge e mutual (Imagem: Reprodução/App C6 Bank)

Conta global permite investimentos em fundos hedge e mutual (Imagem: Reprodução/App C6 Bank)

Ao Valor, o chefe de investimentos do C6 Bank, Romildo Valente, afirmou que o banco está conectado a uma carteira de fundos custodiadas pelo banco Citi e tem 50 opções com aplicações a partir de US$ 1 mil. Ainda há fundos hedge do Morgan Stanley, que exigem investimento mínimo de US$ 250 mil.

Com todas as taxas e exigências, o banco aposta em pessoas que tem uma quantia considerável de dinheiro. Por meio de assessores de planejamento financeiro, o C6 Bank irá orientar que os clientes mantenham uma fatia de 10% do patrimônio financeiro fora do país.

C6 Bank tem concorrência de corretoras mais acessíveis

Enquanto o C6 Bank exige aporte inicial de US$ 50 mil, brasileiros menos endinheirados têm outras opções para investir no exterior:

  • A Avenue Securities é uma corretora de valores que atende o público brasileiro, e todo o cadastro e suporte é fornecido em português, inglês e espanhol. O câmbio é feito pela própria empresa, sendo necessário apenas fazer um TED para uma conta corrente no Brasil. A empresa tem um plano gratuito sem cobrança de mensalidade que cobre até 10 corretagens por mês sem custo. É possível investir em ações, fundos imobiliários e ETFs das bolsas NYSE e Nasdaq.
  • A Passfolio é outra alternativa para quem quer se aventurar no mercado internacional, e recebe depósitos por meio de TED, Remessa Online ou criptomoedas. A empresa não cobra taxa de corretagem para ativos acima de US$ 5, e é possível comprar ações, ETFs e fundos imobiliários das bolsas de valores dos Estados Unidos.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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