Zoom pede desculpas e promete corrigir falhas de segurança
CEO reconheceu falhas e anunciou ações para melhorar segurança e privacidade do Zoom
CEO reconheceu falhas e anunciou ações para melhorar segurança e privacidade do Zoom
A pandemia de coronavírus (Covid-19) fez do Zoom uma ferramenta extremamente popular para videochamadas, mas esse sucesso veio acompanhado de um alerta: o serviço tem várias falhas de segurança e privacidade. O problema é tão sério que levou Eric S. Yuan, CEO da empresa, a pedir desculpas e prometer soluções.
Todo software ou serviço online está sujeito a vulnerabilidades, por isso, o que torna essas ferramentas mais ou menos confiáveis não é a simples existência desses problemas, mas as medidas de correção e prevenção que os responsáveis adotam em resposta. É nisso que a Zoom Video Communications vem falhando.
Os problemas vão de termos de uso que permitem coleta de informações das videochamadas para fins publicitários à criptografia ponta a ponta nas transmissões que, na verdade, não funciona dessa forma.
Alguns problemas foram corrigidos ou amenizados, mas outros continuam carentes de respostas mais enérgicas. Como consequência, a recomendação de especialistas em segurança tem sido a de tomar cuidado com o Zoom. Por ora, o ideal é evitar ou reduzir o uso do serviço.
Diante da enxurrada de críticas, Eric S. Yuan decidiu se manifestar. “Reconhecemos que não atingimos as expectativas de privacidade e segurança”, disse em nota publicada no blog do Zoom. Na mesma mensagem, o executivo se desculpou por isso e prometeu providências.
Entre elas está uma mudança de foco: o desenvolvimento de novos recursos será deixado de lado por algum tempo para que problemas de segurança, privacidade e confiabilidade sejam tratados o quanto antes.
Yuan também prometeu ouvir especialistas e usuários para entender as necessidades de segurança de todos os perfis de uso. O executivo destacou que o Zoom foi idealizado para clientes corporativos, por isso, a chegada de usuários domésticos, estudantes e afins revelou desafios não previstos.
Outras providências incluem a preparação de um relatório de transparência — provavelmente, em resposta às investigações que a procuradoria-geral de Nova York tem conduzido sobre os problemas do Zoom — e o aprimoramento do programa de recompensas por bugs da companhia.
É torcer para essas medidas serem sérias e efetivas. Ao contrário de vários outros serviços, o Zoom tem crescido enormemente diante do cenário de pandemia. Desperdiçar essa oportunidade faria do serviço um exemplo notável de má gestão.