CoronaTrap, com tecnologia da UERJ, mede carga de coronavírus no ambiente
Equipamento está sendo testado em locais públicos, como a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, para avaliar o risco de contágio pelo causador da COVID-19
Equipamento está sendo testado em locais públicos, como a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, para avaliar o risco de contágio pelo causador da COVID-19
Pesquisadores do Instituto de Biologia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) criaram um equipamento capaz de capturar e medir a carga de coronavírus presente no ambiente. A tecnologia aplicada ao chamado “CoronaTrap” pode ser utilizada em locais públicos para fornecer informações sobre a probabilidade de contágio com o SARS-Cov-2, causador da COVID-19.
Segundo o coordenador do projeto, Heitor Evangelista, a ideia é que o equipamento seja capaz de verificar na prática o que até agora é encarado na maior parte do tempo de forma teórica por pesquisas científicas.
O trabalho pretende avaliar o risco de contágio em locais como escolas públicas e outros ambientes que normalmente têm grande circulação de pessoas e aglomerações, como a estação Central do Brasil, no centro do Rio.
Como sugere o nome, o funcionamento consiste em uma espécie de armadilha que captura os vírus a partir de aerossóis presentes na atmosfera e os armazena em um recipiente de cor âmbar. As amostras são preservadas em baixa temperatura para evitar a degradação até o momento de análise.
Evangelista explica que, segundo diversas pesquisas publicadas, os coronavírus resistem pouco à luz solar e à temperatura, o que resulta em uma dificuldade de capturá-los ao ar livre.
A equipe por trás do CoronaTrap conseguiu identificar uma diferença significativa entre a quantidade de vírus presente em ambientes fechados e abertos, com uma concentração expressiva em locais fechados com aglomerações, com luz ambiente baixa e ar condicionado — esse cenário lembra o que encontramos em cinemas e academias, por exemplo. Já ao ar livre, o CoronaTrap fica praticamente sem vírus.
O equipamento passa pelas fases finais de ajustes para ter melhor deslocamento. O financiamento do projeto tem, entre outros apoiadores, o amparo da Faperj, que lançou um edital emergencial para projetos visando o combate da COVID-19.
Com informações: Faperj.