DualSense do PS5 sofre com drift devido a estes 4 motivos
Problema causador do drift no DualSense pode nascer em falhas do potenciômetro que fica abaixo de cada analógico do controle
Problema causador do drift no DualSense pode nascer em falhas do potenciômetro que fica abaixo de cada analógico do controle
Enquanto a Sony enfrenta problemas com o controle DualSense do PlayStation 5, o site iFixit abriu o gadget e encontrou o que vem causando o problema de drift. Ao todo são quatro motivos importantes que podem trabalhar em conjunto, ou não, para fazer o game acreditar na suposta direção apontada pelo analógico.
Pouco tempo depois do lançamento do PlayStation 5, usuários do console da Sony começaram a perceber que o controle DualSense apresentava um problema muito semelhante ao dos Joy-Cons do Nintendo Switch: drift. Em ambos os consoles o analógico (parte que não são os botões tradicionais) falha e faz o game acreditar que um comando continua sendo aplicado, mesmo depois do dedo já estar distante do controle.
Alguns jogadores conseguem resolver o problema com ajuda da assistência técnica e sem custos, enquanto outros resolveram processar a marca. No meio dessa briga, o pessoal do iFixit resolveu abrir o controle para encontrar os prováveis culpados e anotou quatro suspeitos. Todos são comuns para este tipo de controle, como no caso do Nintendo Switch.
O primeiro deles é o próprio mecanismo utilizado pelos analógicos para entender qual é a posição do dedo do jogador. Funciona assim: dentro do controle, logo abaixo de cada analógico, estão dois potenciômetros que utilizam um formato quase redondo para dizer quão para cima ou para baixo o dedo está apontando. Junte a informação dos dois ao mesmo tempo e você também tem os dados sobre as diagonais em todas as direções.
O potenciômetro funciona com uma corrente cruzando uma espécie de fita, conectada em dois terminais em suas pontas e com outro terminal no meio. Este componente central é a parte móvel e os outros dois nos limites tomam nota da resistência identificada. Como toda parte móvel é um ponto de fragilidade em qualquer estrutura, é nela que este primeiro motivo é encontrado: com a fricção feita naturalmente pelo uso, depois de algum tempo a “fita” pode ficar apresentar danos – riscar.
Outro detalhe que pode ajudar no problema faz parte do segundo motivo e é a mola responsável pelo analógico voltar ao seu ponto inicial (bem no meio). Com o uso e também ao longo do tempo, ela vai perdendo a capacidade de retornar exatamente para o mesmo local, criando uma posição de início diferente da configurada na fábrica – mais para um dos lados, tornando a leitura equivocada nos terminais.
Os terminais entendem este novo ponto inicial como se o dedo ainda estivesse movendo o analógico. O terceiro motivo é a entrada de algum material do próprio mecanismo de movimento, dentro desta “fita” do potenciômetro. A inserção pode ser de partes da borracha ou do plástico do entorno.
O quarto e último motivo é parecido com o terceiro, mas é voltado apenas ao usuário: sujeira. Sabe aquele pedaço de salgadinho que você está comendo, você viu caindo e não encontra mais? Então, ele pode ser fino o suficiente para entrar no potenciômetro e atrapalhar a leitura da resistência. Precisa de muito descuido (e azar) do usuário para apontar este motivo, mas não é bom deixar de lado – tem jogador que insere cartões e até tazos no leitor de Blu-ray de alguns consoles, sabe.
Se você mora em algum local distante de qualquer assistência técnica, é possível encontrar soluções para o problema. Trocar o potenciômetro ou limpar seus contatos pode solucionar a falha que não envolve a mola do analógico. No Nintendo Switch é possível até mesmo criar um novo ponto central para o analógico, resolvendo temporariamente o drift.
Em ambos os casos o melhor é chamar a fabricante, que troca o controle até mesmo no Brasil.
Com informações: iFixit.
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