DualSense do PS5 sofre com drift devido a estes 4 motivos

Problema causador do drift no DualSense pode nascer em falhas do potenciômetro que fica abaixo de cada analógico do controle

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
DualSense do PlayStation 5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
DualSense do PlayStation 5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Enquanto a Sony enfrenta problemas com o controle DualSense do PlayStation 5, o site iFixit abriu o gadget e encontrou o que vem causando o problema de drift. Ao todo são quatro motivos importantes que podem trabalhar em conjunto, ou não, para fazer o game acreditar na suposta direção apontada pelo analógico.

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  • Controle DualSense do PS5 tem problema de drift

Pouco tempo depois do lançamento do PlayStation 5, usuários do console da Sony começaram a perceber que o controle DualSense apresentava um problema muito semelhante ao dos Joy-Cons do Nintendo Switch: drift. Em ambos os consoles o analógico (parte que não são os botões tradicionais) falha e faz o game acreditar que um comando continua sendo aplicado, mesmo depois do dedo já estar distante do controle.

Problema do DualSense não é raro nem na concorrência

Alguns jogadores conseguem resolver o problema com ajuda da assistência técnica e sem custos, enquanto outros resolveram processar a marca. No meio dessa briga, o pessoal do iFixit resolveu abrir o controle para encontrar os prováveis culpados e anotou quatro suspeitos. Todos são comuns para este tipo de controle, como no caso do Nintendo Switch.

O primeiro deles é o próprio mecanismo utilizado pelos analógicos para entender qual é a posição do dedo do jogador. Funciona assim: dentro do controle, logo abaixo de cada analógico, estão dois potenciômetros que utilizam um formato quase redondo para dizer quão para cima ou para baixo o dedo está apontando. Junte a informação dos dois ao mesmo tempo e você também tem os dados sobre as diagonais em todas as direções.

O potenciômetro funciona com uma corrente cruzando uma espécie de fita, conectada em dois terminais em suas pontas e com outro terminal no meio. Este componente central é a parte móvel e os outros dois nos limites tomam nota da resistência identificada. Como toda parte móvel é um ponto de fragilidade em qualquer estrutura, é nela que este primeiro motivo é encontrado: com a fricção feita naturalmente pelo uso, depois de algum tempo a “fita” pode ficar apresentar danos – riscar.

Outro detalhe que pode ajudar no problema faz parte do segundo motivo e é a mola responsável pelo analógico voltar ao seu ponto inicial (bem no meio). Com o uso e também ao longo do tempo, ela vai perdendo a capacidade de retornar exatamente para o mesmo local, criando uma posição de início diferente da configurada na fábrica – mais para um dos lados, tornando a leitura equivocada nos terminais.

Os terminais entendem este novo ponto inicial como se o dedo ainda estivesse movendo o analógico. O terceiro motivo é a entrada de algum material do próprio mecanismo de movimento, dentro desta “fita” do potenciômetro. A inserção pode ser de partes da borracha ou do plástico do entorno.

O quarto e último motivo é parecido com o terceiro, mas é voltado apenas ao usuário: sujeira. Sabe aquele pedaço de salgadinho que você está comendo, você viu caindo e não encontra mais? Então, ele pode ser fino o suficiente para entrar no potenciômetro e atrapalhar a leitura da resistência. Precisa de muito descuido (e azar) do usuário para apontar este motivo, mas não é bom deixar de lado – tem jogador que insere cartões e até tazos no leitor de Blu-ray de alguns consoles, sabe.

É possível encontrar solução para o DualSense

Se você mora em algum local distante de qualquer assistência técnica, é possível encontrar soluções para o problema. Trocar o potenciômetro ou limpar seus contatos pode solucionar a falha que não envolve a mola do analógico. No Nintendo Switch é possível até mesmo criar um novo ponto central para o analógico, resolvendo temporariamente o drift.

Calibragem dos Joy-Cons do Nintendo Switch (imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Calibragem dos Joy-Cons do Nintendo Switch (imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Em ambos os casos o melhor é chamar a fabricante, que troca o controle até mesmo no Brasil.

Com informações: iFixit.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.