Embraer anuncia acordo com Weg para desenvolver avião elétrico
Embraer e Weg trabalharão inicialmente em propulsor elétrico para aviões de pequeno porte
Embraer e Weg trabalharão inicialmente em propulsor elétrico para aviões de pequeno porte
A Embraer quer desenvolver aviões com propulsão elétrica e, para tanto, anunciou um acordo de cooperação científica e tecnológica com a Weg, empresa especializada em motores elétricos. O primeiro voo de demonstração desse projeto está previsto para 2020.
Para essa primeira fase, o objetivo é desenvolver a tecnologia, não um produto específico. Por conta disso, após o período de testes em laboratório, ambas as empresas implementarão o sistema em desenvolvimento em um modelo de aeronave que já existe: o EMB-203 Ipanema.
Trata-se de um avião de pequeno porte, monomotor e envergadura de 13,3 m. Lançado em 2015 como uma atualização da série Embraer EMB-200, o EMB-203 Ipanema é direcionado a aplicações agrícolas.
Já a Weg vai utilizar como base a sua experiência em projetos para veículos: “nossa tecnologia de powertrain, desenvolvida ao longo de anos para aplicações em trens, ônibus, caminhões e barcos, testada e em constante evolução, nos habilitou para este grandioso projeto”, diz Manfred Peter Johann, Diretor Superintendente da Weg Automação.
À Folha de S.Paulo, o executivo disse que o motor a combustão do EMB-203 a ser usado no projeto será retirado para instalação de um propulsor elétrico da Weg. Já a bateria será providenciada pela Embraer. Como já dito, o primeiro voo está previsto para 2020.
Somente a partir daí é que projetos para aviões elétricos feitos do zero poderão surgir. Mas Johann adiantou que é improvável que a tecnologia possa substituir motores a combustão de aviões de grande porte em um futuro próximo.
O executivo acredita, no entanto, que motores elétricos poderão ser viáveis em aeronaves que realizam rotas curtas. É de se presumir então que a tecnologia oriunda do projeto possa servir de base para o veículo elétrico voador que a Embraer anunciou no ano passado. Nenhuma das empresas sinalizou para essa possibilidade, porém.
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