Facebook anuncia novidades para Messenger, realidade aumentada, senhas e mais
A F8, conferência anual do Facebook, está ocorrendo hoje em San Jose (EUA), onde Mark Zuckerberg e outros executivos apresentaram novidades para diferentes iniciativas da rede social — isso inclui o Messenger, realidade aumentada e virtual, e até recuperação de senhas.
Messenger
Se você acha que o Messenger está abarrotado de recursos e deveria se concentrar apenas em mensagens, má notícia: ele segue se transformando em uma plataforma que faz de tudo.
Os bots do Messenger — para enviar músicas, compartilhar notícias, encontrar reservas em restaurantes etc. — agora estão mais facilmente acessíveis: basta tocar no botão + no canto inferior esquerdo.
Por exemplo, se você estiver em uma conversa em grupo e quiser compartilhar uma música, basta escolher o Spotify, digitar o nome da música, tocar em “Enviar para o grupo” e pronto.
A mesma experiência vale para outros bots também, como Kayak (viagens) e NBA (basquete). E desenvolvedores podem criar jogos na plataforma, semelhante ao que vemos no Telegram. Há uma nova seção Discovery no app que centraliza os bots disponíveis para o Messenger.
A assistente virtual do Messenger, M, agora pode entrar em conversas. Por exemplo, se você disser “estou com fome”, surge um botão sugerindo que você peça delivery.
Para páginas, o Messenger ganhou a ferramenta Smart Replies: ela envia respostas automáticas a determinadas perguntas — por exemplo, em quais horários a empresa está aberta. Se o cliente pedir mais do que isso, o Messenger solicita que você responda manualmente. 60 milhões de empresas estão no Facebook e 80% delas têm mensagens ativadas.
O Facebook também permite que as empresas criem “Messenger Codes”, para que os clientes possam iniciar uma conversa com o bot delas apenas escaneando um QR code. 1,2 bilhão de pessoas usam o Messenger todo mês.
Realidade aumentada
O Facebook quer criar uma plataforma para realidade aumentada, e está lançando ferramentas para desenvolvedores. Elas se concentram em três áreas. Primeiro, localização e mapeamento simultâneos, ou SLAM: isso permite colocar objetos virtuais em ambientes reais, vistos através da tela do smartphone (é um recurso que o Snapchat adicionou hoje, aliás).
Segundo, fazer objetos virtuais interagirem com o espaço real: por exemplo, tubarões em realidade aumentada que nadam ao redor de uma tigela de cereal — é possível fazê-los “sumir” atrás da tigela ao detectar a profundidade de objetos.
Em terceiro lugar, temos o reconhecimento de objetos: o smartphone vai saber quando estiver olhando para uma garrafa de vinho ou uma xícara de café, por exemplo, e poderá aplicar efeitos (vapor saindo do café, por exemplo).
A Camera Effects Platform foi lançada hoje para desenvolvedores em beta fechado; você pode conferir mais detalhes aqui.
Facebook Spaces
O Facebook é dono da Oculus, e está bastante interessado em realidade virtual. Um de seus experimentos se chama Facebook Spaces, lançado hoje para o Oculus VR.
É uma espécie de Second Life que cria avatares a partir de suas fotos e coloca você em um mundo virtual com seus amigos. Você pode conversar com eles, mostrar fotos, transmitir vídeo ao vivo e desenhar objetos.
Senhas
O Facebook criou um recurso chamado Recuperação Delegada de Contas, que ajuda a recuperar acesso a contas quando você se esquece da senha. Ela vem sendo testada há meses no GitHub, e será expandida.
Funciona assim: você ativa o recurso e o GitHub envia um token para o Facebook via uma conexão criptografada por HTTPS. Caso você perca a senha, basta se conectar ao Facebook e usar o token de recuperação para provar sua identidade e reaver acesso à conta.
Agora, o Facebook está abrindo essa ferramenta para mais parceiros. Dessa forma, aplicativos podem dar a opção de recuperar ou redefinir a senha através de um token do Facebook, em vez de clicar em um link por e-mail (ou responder a perguntas como “qual o nome de seu animal de estimação”).
Isto faz parte do plano do Facebook em se tornar a identidade de usuários de internet, à medida que o uso de e-mail diminui e as pessoas trocam rapidamente de número de celular. Mas será que podemos confiar na rede social para tanto?
Workplace
O Facebook tem uma suíte para colaboração de equipes chamada Workplace. Ela é utilizada por cerca de 14.000 organizações em 77 idiomas e em todos os países. Isso inclui diversas startups e até mesmo o Starbucks.
O Workplace tem uma interface semelhante ao Facebook tradicional, e oferece recursos como reações, filtros de pesquisa, tradução automática, chamadas em grupo por vídeo e áudio, e vídeo ao vivo.
Hoje, ele está ganhando integração com Box, Microsoft OneDrive e Quip/Salesforce — além do Dropbox — para compartilhamento de arquivos. Desenvolvedores também poderão criar bots para o bate-papo do Workplace, permitindo pedir delivery ou chamar um carro, por exemplo.
O Workplace está promocionalmente de graça até 30 de setembro; depois, ele custará US$ 3 por usuário para os primeiros 1.000 membros, US$ 2 por usuário para os próximos 9.000 membros, e US$ 1 por usuário extra. (Enquanto isso, o concorrente Slack cobra entre US$ 6,67 a US$ 12,50 por usuário para oferecer recursos adicionais.)
Além disso, haverá uma versão gratuita para que mais empresas experimentem, e para atrair mais clientes para o plano pago.
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