O Facebook mudou algumas de suas políticas de privacidade, com o objetivo de impedir que notícias falsas que incitam o ódio circulem na rede social. A nova regra da rede de Zuckerberg levará em conta textos e posts que contam apenas com fotos.
A novidade não tem ligação direta com as eleições presidenciais do Brasil, mas podem chegar justamente em um tempo bastante conturbado por aqui. O The New York Times afirma que as novas regras respondem ao que aconteceu no Sri Lanka, onde postagens no Facebook originaram atitudes violentas contra os muçulmanos.
Em março deste ano, o país chegou a bloquear o acesso de redes sociais para tentar reverter a situação, que já tinha resultado em duas mortes e pelo menos oito ficaram feridos. Na época, o Facebook, Viber e também o WhatsApp foram bloqueados por alguns dias. As postagens sobre o local afirmavam que os muçulmanos eram os responsáveis por envenenar alimentos que eram entregues, ou vendidos, para os budistas.
De acordo com o canal por assinatura CNBC, a rede utilizará seu reconhecimento de imagem para detectar textos nas fotos e ilustrações que possam fomentar reações violentas e que são baseadas em notícias falsas. Para não deduzir sozinho, de longe, o Facebook trabalhará em parceria com organizações locais e internacionais para averiguar se o que foi publicado é verdadeiro, ou não.
Ainda não há informações sobre quais são as organizações que ajudarão o Facebook a entender se o boato, ou a notícia, é verdadeiro ou não. Zuckerberg garantiu que não vai remover postagens que são fake news, mas que não representam ameaça para algum grupo – deixando claro que a rede social não tem como objetivo impedir as pessoas de argumentarem algo, mesmo que seja baseado em mentira ou verdade manipulada.
Esta atitude do Facebook não é nova e já aconteceu em março deste ano, quando a rede social começou a avaliar não somente links externos, mas publicações compartilhadas em imagens e vídeos, que são fake news.