Facebook vai suspender Live para quem violar regras apenas uma vez
Até então, o Facebook somente removia o conteúdo quando o usuário violava suas políticas pela primeira vez
Até então, o Facebook somente removia o conteúdo quando o usuário violava suas políticas pela primeira vez
O ataque ocorrido em março em Christchurch, na Nova Zelândia, fez o Facebook rever as suas regras para transmissões ao vivo. A rede social informou ter adotado a política de violação única, que pode impedir quem publica conteúdo violento de voltar a assistir ou realizar uma transmissão.
A partir de agora, quem viola políticas mais sérias da plataforma ficará proibido de usar o Facebook Live por um determinado período mesmo se estiver cometendo sua primeira violação. A medida também vale para quem compartilha vídeos que violam essas regras.
Até então, quando alguém violava a política pela primeira vez, o Facebook apenas removia o conteúdo. A plataforma só proibia o uso por um tempo se esse tipo de material voltasse a ser publicado. A conta ainda poderia ser banida por violações repetidas ou por uma única violação grave.
“Planejamos estender essas restrições para outras áreas nas próximas semanas, começando por evitar que essas mesmas pessoas criem anúncios”, afirma o vice-presidente de integridade do Facebook, Guy Rosen. “Nosso objetivo é minimizar o risco de abuso no Live, ao mesmo tempo em que permitimos que as pessoas usem o Live de maneira positiva todos os dias”.
Em encontro do G7 realizado nesta quarta-feira (15) e liderado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, empresas de tecnologia prometerem realizar esforços para evitar a disseminação de conteúdo violento.
A reunião contou com representantes de Facebook, Microsoft, Google, Twitter e Amazon. Juntas, as companhias assinaram o documento “Chamado para Ação de Christchurch”, que expande o Fórum Global da Internet de Combate ao Terrorismo.
“É certo que nos unamos, decididos em nosso comrpomisso de garantir que estamos fazendo tudo o que podemos para combater o ódio e o extremismo que levam à violência terrorista”, diz o documento apresentado na reunião.
As empresas se comprometem a trabalhar com governos e a sociedade civil para evitar a disseminação de conteúdo violento e a atualizar seus termos de uso para proibir explicitamente a publicação de materiais dessa natureza.
O documento também prevê a adoção de meios mais claros para se denunciar conteúdo violento e a publicação de relatórios sobre a retirada dessas publicações na plataforma.
A rede social anunciou ainda uma parceria de US$ 7,5 milhões com as universidades de Maryland, Cornell e da Califórnia. O objetivo é melhorar a análise de imagens e vídeos publicados pelos usuários e impedir que vídeos como o do tiroteio (e suas versões editadas) cheguem a outras pessoas.
“Esse trabalho será essencial em nossos esforços mais amplos contra mídias modificadas”, incluindo Deep Fake“, afirma Rosen. “Sabemos que só poderemos manter as pessoas seguras se permanecermos vigilantes e trabalharmos com especialistas, outras empresas, governos e a sociedade civil ao redor do mundo”.
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