De olho na “internet das coisas”, Google compra Nest por US$ 3,2 bilhões
O Facebook não foi a única gigante da internet a ir às compras nesta segunda-feira: o Google acaba de anunciar um acordo para a aquisição da Nest, empresa que ficou conhecida nos últimos anos por criar um termostato e um detector de fumaças inteligentes. O que mais surpreende é o preço oferecido pela turma de Mountain View: US$ 3,2 bilhões.
Uma visão futurista, mas não muito distante do presente, é que pode ter convencido o Google a desembolsar um valor tão elevado: a trajetória da Nest, ainda que curta (a empresa surgiu em 2010), é condizente com a tal da “internet das coisas”, conceito que prevê um cenário onde dispositivos dos mais diversos tipos estarão permanentemente online: torradeiras, geladeiras, carros, enfim.
O termostato que a Nest apresentou em 2011, por exemplo, é integrado a um app para Android e iOS que permite ao usuário ajustar os níveis de temperatura do ambiente via internet, antes mesmo de chegar em casa. Isso sem contar os recursos inteligentes do dispositivo, como a função que “aprende” o comportamento do usuário por alguns dias para fazer ajustes automáticos.
Apresentado em outubro de 2013, o detector de fumaça Protect consolidou a posição de vanguarda em internet das coisas da Nest. O dispositivo utiliza cores e mensagens de voz para alertar sobre a presença de fumaça ou gases perigosos e intensifica os avisos à medida que a concentração destas substâncias aumenta. O aparelho pode ainda enviar alertas ao seu smartphone caso você não esteja por perto.
Se as propostas inovadoras destes dispositivos não bastarem, o Google tem mais um argumento para convencer seus investidores de que este é um bom negócio: a Nest foi fundada por ninguém menos que Matt Rogers e Tony Fadell, dois importantes ex-funcionários da Apple. O último, como você talvez saiba, é considerado o “pai do iPod”.
Com a aquisição, quem sabe o Google faça com que seu fogão seja capaz de avisar da chegada de novos emails ou de verificar na internet a temperatura adequada de uma receita, mas por ora, a Nest continuará operando como uma divisão independente. O negócio ainda precisa ser aprovado por autoridades reguladoras dos Estados Unidos.
Com informações: TechCrunch