Google e Facebook estendem suspensão de anúncios políticos nos EUA
Ondas de desinformação continuam após a vitória de Joe Biden, e fazem empresas manterem restrições para publicidade política
Ondas de desinformação continuam após a vitória de Joe Biden, e fazem empresas manterem restrições para publicidade política
Após uma longa corrida eleitoral, os Estados Unidos decidiram, no último sábado (7), que Joe Biden será seu próximo presidente. No entanto, sob alegações de fraude e com forte negação por parte de Donald Trump, as repercussões das eleições norte-americanas ainda estão longe de acabar. Nesse cenário, Google e Facebook decidiram manter as proibições aos anúncios políticos em suas plataformas.
As empresas não disseram exatamente por quanto tempo tais restrições permanecerão em vigor, mas é possível que se estendam enquanto algumas regiões do país passam por recontagem de votos.
O Facebook estima a duração de mais um mês, mas abre a possibilidade de que tudo se normalize em um período mais curto. Já para o Google, a situação deverá ser avaliada semanalmente, como foi anunciado em setembro.
A empresa de Mark Zuckerberg tomou algumas providências nos últimos dias ao remover páginas e grupos que divulgavam o movimento “Stop the Steal”. Ainda assim, a rede social foi alvo de críticas vindas da equipe de Biden por não conseguir suprimir o movimento “Stop the Steal” (“Pare o Roubo”, em tradução livre), iniciado por apoiadores de Trump.
O atual presidente dos EUA foi um dos principais responsáveis por propagar desinformação durante o processo de apuração dos votos – tendo, inclusive, diversas publicações sinalizadas pelo Twitter.
A situação é complicada especialmente com relação à Geórgia, onde haverá ainda um segundo turno no Senado. De acordo com alguns especialistas, a proibição pode acabar impactando na campanha de candidatos que buscavam arrecadar fundos ou compartilhar propostas.
Em um e-mail enviado para tentar acalmar os ânimos de anunciantes, o Facebook explicou que embora várias fontes tenham projetado um vencedor presidencial, a empresa ainda acredita que é importante ajudar a evitar confusão ou abuso em sua plataforma, e afirmou que enviará uma notificação quando a restrição à publicidade política for encerrada.
Com informações: Facebook, Engadget e Financial Times