Google vai financiar combate a notícias falsas sobre coronavírus
Por sua vez, Facebook financiará atividades de veículos de imprensa legítimos
Por sua vez, Facebook financiará atividades de veículos de imprensa legítimos
A disseminação do coronavírus (Covid-19) é um problema gravíssimo e as notícias falsas sobre o assunto só pioram a situação. É por isso que o Google anunciou, nesta quinta-feira (2), a criação de um fundo de US$ 6,5 milhões para combater a desinformação sobre a pandemia. O Facebook tomou uma decisão semelhante: as doações da companhia para esse fim podem chegar a US$ 100 milhões.
As notícias falsas sobre a Covid-19 se espalham com força nas redes sociais e serviços de mensagens instantâneas. No Brasil, as mais recentes dizem, por exemplo, que o consumo de alimentos alcalinos combate o coronavírus no organismo ou que prefeituras têm liberado o retorno às aulas nas redes de ensino.
Interesses políticos também têm estimulado o surgimento de fake news relacionadas à pandemia. Algumas nesse contexto, também recentes, dizem que o coronavírus é uma criação chinesa desenvolvida para desestabilizar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Nada disso é verdade. Apesar disso, a circulação de notícias falsas não para. É por isso que todo esforço para mitigar o problema é válido.
O fundo de US$ 6,5 milhões anunciado pelo Google irá financiar organizações de checagem de fatos em várias partes do mundo. Essa colaboração é importante porque, diante da gravidade do assunto, muitas entidades do tipo montaram divisões específicas para combater informações falsas sobre a Covid-19.
Parte dos recursos será direcionada a agências de checagem localizadas na América Latina. Entre eles está a Comprova, grupo brasileiro de checagem de fatos que reúne 24 veículos de comunicação.
Com relação ao Facebook, a companhia anunciou, no início da semana, um repasse emergencial de US$ 25 milhões por meio do Facebook Journalism Project para financiar atividades de veículos de imprensa localizados em várias partes do mundo.
Esse montante será complementado com um adicional de US$ 75 milhões em marketing que deverá suprir a queda de receita que veículos estão experimentando por conta da diminuição das vendas de espaço publicitário.
Repare que, no caso do Facebook, os fundos não combatem diretamente as notícias falsas, mas ajudam no enfrentamento do problema ao estimular o trabalho de veículos confiáveis.
Os primeiros repasses foram direcionados a redações localizadas nos Estados Unidos e Canadá, mas veículos de outros países também serão beneficiados.