Google mata recurso do Home Mini antes do lançamento
Alto-falante estava gravando mais dados do que deveria
O Google se envolveu em uma polêmica depois que um jornalista descobriu que o Home Mini estava gravando (muito) mais dados do que deveria. A empresa se pronunciou rapidamente, dizendo se tratar de uma falha e liberando uma atualização de firmware para resolver o problema. Mas a decisão foi mais drástica: um recurso do alto-falante será permanentemente desativado.
O recurso falho permitia acionar o Google Assistente com um toque longo na parte superior do Home Mini. De acordo com o Google, um pequeno número de unidades apresentou um bug que fazia o alto-falante reconhecer toques inexistentes e, assim, o assistente pessoal entrava em atividade várias vezes ao longo do dia, gravando as conversas do ambiente e enviando as informações para a nuvem.
A correção distribuída pelo Google já havia desabilitado o painel tátil nas unidades afetadas, mas a empresa deu a entender que a remoção seria temporária. Na verdade, ela será aplicada a todo mundo: “Apesar de termos recebido apenas alguns relatos sobre o problema, queremos que as pessoas tenham paz de espírito enquanto utilizam o Home Mini. Tomamos a decisão de remover permanentemente toda a funcionalidade de toque na parte superior”, diz a empresa.
A documentação do Home Mini também foi atualizada. Um artigo de suporte que explica como controlar o Google Home por toque diz que, errrrr, você não pode tocar na parte superior do gadget. Agora, para chamar o Google Assistente, é preciso dizer “Ok Google”. Além disso, a única forma de controlar a reprodução de mídia, um alarme ou um timer será por meio de comandos de voz.
Parece uma falha de projeto de hardware, embora a empresa não admita isso publicamente. É um raro caso em que um recurso é removido antes do lançamento do produto: o Google Home Mini ainda não foi entregue aos consumidores (eles só receberão o alto-falante no dia 19 de outubro) e as unidades em atividade eram basicamente as que estavam sendo testadas por jornalistas de tecnologia.
Com informações: CNET, TechCrunch.