Google patenteou um ursinho com câmeras e microfones para interagir com crianças

Paulo Higa
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• Atualizado há 6 meses

Ok, isto é estranho. O Google patenteou brinquedos inteligentes que podem se comunicar com crianças e adultos. Eles fazem isso através de câmeras e microfones, que capturam as informações do ambiente e enviam os dados para os servidores do Google. Porque, afinal de contas, a empresa ainda não tem muitas informações pessoais dos usuários.

A patente foi registrada em fevereiro de 2012, mas passou pela aprovação do Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos apenas na semana passada. O documento descreve um “dispositivo antropomórfico”, talvez em formato de brinquedo, que pode ser configurado para controlar aparelhos de mídia.

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Funcionaria assim: o ursinho, coelhinho, boneca ou outro brinquedo com formato atraente aos pequenos estaria sempre ativo para detectar movimentos ou uma frase de ativação, mais ou menos como o “E aí, Siri?“ ou “Ok, Google“ que temos nos smartphones. O brinquedo interpretaria o comando e poderia reproduzir música ou executar mídia em outro dispositivo, por exemplo.

O HotHardware lembra que o brinquedo do Google tem uma ideia bem parecida com a do Amazon Echo, só que voltado para crianças. O Echo é uma espécie de assistente pessoal em forma de caixa de som; assim como na Siri ou Cortana, você pode perguntar sobre a previsão do tempo, pedir para tocar música num serviço de streaming ou consultar uma informação na Wikipédia. Ele custa 199 dólares.

Claro que nem todas as patentes se tornam produtos reais: o Google já se pronunciou dizendo que as propriedades intelectuais registradas pela empresa não devem ser usadas para prever futuros produtos e serviços. Eu pensaria duas vezes antes de comprar um bichinho de pelúcia por aí.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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