No meio do escândalo Meltdown e Spectre, vamos para uma boa notícia: o Google informou nesta quinta-feira (4) que conseguiu desenvolver uma correção para as falhas de processadores que causa “impacto insignificante no desempenho”.

Não existe solução definitiva para as vulnerabilidades encontradas em chips feitos nos últimos 20 anos. Uma possibilidade para mitigá-las é separar os processos dos usuários e a memória reservada ao kernel, evitando o vazamento de informações sensíveis. No entanto, testes mostram que isso reduziria a performance entre 5 e 30%.

Foto por Zeyi Fan/Flickr

Mas o Google criou uma técnica chamada Retpoline, que previne aplicativos de explorarem o Spectre, uma brecha que atinge o recurso de execução especulativa dos chips, fazendo com que eles rodem código “adivinhado” e vazem dados protegidos. Em resumo, o Retpoline isola um código especulado de uma informação não relacionada, retendo um possível malware.

O Google diz que compartilhou sua técnica com outras empresas e implantou a correção em seus próprios servidores, com impacto insignificante na performance. Além disso, informa que já instalou uma correção (KPTI) para conter o Meltdown em todos os servidores de produção com Linux que rodam o buscador, Gmail, YouTube e outros serviços, sem impacto significativo “na maioria das cargas de trabalho”.

Apesar da novidade promissora, o Google ressalta que “não pode garantir nenhum impacto operacional ou de performance” e recomenda testar a correção. Os detalhes estão nesta página.

Com informações: The Verge

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.