Yellow e Grin terão fábrica de patinetes e bicicletas elétricas em Manaus
Grow, dona da Yellow e Grin, vai investir R$ 25 milhões na fábrica de Manaus
Grow, dona da Yellow e Grin, vai investir R$ 25 milhões na fábrica de Manaus
A despeito das polêmicas envolvendo serviços de compartilhamento de patinetes e bicicletas, a Grow continua apostando alto nesse mercado: a companhia, que responde pelas operações da Yellow e Grin, vai investir R$ 25 milhões em uma fábrica em Manaus (AM) para produzir patinetes e bicicletas elétricas.
O objetivo é reduzir os custos de aquisição desses equipamentos: a fábrica deve fazer o valor pago por unidade cair algo entre 30% e 40% em relação ao que a Grow desembolsa hoje.
Pelo menos inicialmente, as bicicletas não elétricas continuarão sendo fornecidas por uma fabricante local. Por ora, a ideia é focar a fábrica apenas em patinetes e bicicletas elétricas porque, atualmente, esses equipamentos vêm da China e, consequentemente, têm custos de importação atrelados.
Com a redução de custos, a Grow terá mais facilidade para expandir os seus serviços, inclusive para cidades menores que, como tal, ainda não figuram entre as prioridades.
Nas cidades em que Yellow e Grin já atuam, a fabricação própria deverá favorecer não só a cobertura de mais áreas como também facilitar a substituição de bicicletas e patinetes danificadas ou desgastadas.
Outra expectativa é a de que a produção local permita à Grow desenvolver bicicletas mais adequadas à realidade brasileira, com freio manual em vez de eletrônico e mais amortecimento, por exemplo.
Quanto aos patinetes, a ideia é ter unidades que permitam que a bateria seja trocada pelas equipes de campo, o que eliminaria a necessidade de recolher os equipamentos das ruas para recarga.
Não está descartada a possibilidade de a fábrica fornecer equipamentos para as unidades da Grow em outros países — atualmente, a companhia está presente em 22 cidades de sete países da América Latina —, mas isso dependerá da tributação de cada mercado.
No caso do Chile, por exemplo, o país tem tarifa zerada de importação para produtos chineses, o que torna o fornecimento de equipamentos a partir do Brasil menos interessante.
Espera-se que a fábrica entre em operação já no começo de 2020, inicialmente com apenas um turno e capacidade para produzir 100 mil equipamentos por ano. A produção poderá ser ampliada para dois turnos se houver demanda. Os R$ 25 milhões destinados à fábrica não incluem o capital de giro.
A fabricação local é vista como um movimento importante para a Grow enfrentar a concorrência, que só cresce no mercado brasileiro: a americana Lime estreou o seu serviço no Brasil no começo do mês; já o Uber deve trazer a Jump para o país em breve, o mesmo valendo para a espanhola Movo.
Vale lembrar que a Grow Mobility surgiu como uma fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin justamente com o intuito de criar uma empresa mais competitiva.
Com informações: Valor Econômico.