Hackers que alteraram site do TSE são presos pela Polícia Federal

Operação da Polícia Federal prendeu 3 hackers suspeitos de invadirem site do TSE em junho; um deles tinha R$ 22 mil em espécie e arma de fogo

Pedro Knoth
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• Atualizado há 1 semana

Em operação deflagrada na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Federal (PF) prendeu três suspeitos de terem invadido o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um ataque hacker efetuado em junho. A invasão não teve sucesso em roubar dados da plataforma, mas os criminosos alteraram as configurações da página oficial da Corte, prática conhecida como defacing.

Operação da PF cumpriu ordens judiciais do TRF-1

Agentes da Polícia Federal saíram às ruas de São Paulo (SP) e Araçatuba (SP) como parte da Operação Script Kiddie, termo usado para apelidar hackers iniciantes que usam métodos e ferramentas programadas por criminosos mais experientes.

A PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, além de realizar duas prisões preventivas e uma prisão temporária. Três suspeitos foram detidos. As ordens judiciais foram despachadas pela 10ª Vara Federal de Brasília, TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), a pedido da PF. A investigação policial foi solicitada pelo presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso.

PF apreende R$ 22 mil em espécie com um dos suspeitos

Junto a um dos suspeitos, a polícia apreendeu uma arma de fogo e o equivalente a mais de R$ 22 mil em espécie. Além disso, agentes obtiveram documentos e mídias eletrônicas de interesse da investigação.

De acordo com a PF, os suspeitos invadiram o site do TSE no dia 1º de junho. Os hackers conseguiram desconfigurar a aparência da página do tribunal, uma prática conhecida como defacement: quando não são roubados dados, apenas se altera o conteúdo do domínio invadido. “Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a segurança do sistema eleitoral”, diz a polícia em comunicado.

Os suspeitos presos pela PF vão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, com pena prevista de 6 a 24 meses de reclusão, e de associação criminosa, cuja punição prevê de 1 a 3 anos de prisão.

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Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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