Huawei Mate Xs tem mais proteção interna na tela que o Galaxy Fold

A Huawei usou e abusou de adesivos, metais e travas para proteger a parte interna da tela

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
huawei mate xs aberto

O Huawei Mate Xs passou pelas mãos do iFixit, que abriu todos os componentes internos e descobriu que ele é horrível para ser reparado. Por outro lado, a marca chinesa colocou recursos extras do lado de dentro para prevenir que sujeira entre no vão que faz a dobra do display plástico.

O Mate Xs é mais um smartphone dobrável que fica com tela maior, entrando em uma faixa do mercado de celulares híbridos, que querem ser tablets também. Ele faz isso com tela plástica e com a ideia pouco segura de colocar todo o display para o lado de fora quando dobrado. O Galaxy Fold, principal concorrente, faz a tela fechar para dentro como um livro – isso protege o display, que é frágil.

Uma troca bastante comum em celulares é a bateria e no Huawei Mate Xs ela é acessada sem dificuldades. O lado contrário da tela pode ser removido com aplicação de calor, mas o adesivo que segura tudo junto é forte o bastante para poder quebrar um dos lados.

Poucos componentes estão entre a parte aberta e as baterias, que são idênticas e carregam 8,66 watt-hora de energia. Eu disse que o acesso é fácil, mas a Huawei colocou cola bastante forte nelas e o iFixit, que bem sabe como remover cola com álcool isopropílico, conseguiu danificar uma delas ao tentar remover do chassi. Danificar baterias pode ser um processo explosivo.

Outro ponto que chamou atenção no desmanche é a proteção da tela. Celulares dobráveis sofrem com a entrada de sujeira ou poeira abaixo da parte que dobra. A Huawei colocou diversas travas, adesivos e metais que ajudam na tarefa de deixar tudo que não é tela para fora da tela.

No resumo, o iFixit notou que muitos componentes internos são modulares e isso permite a troca individual, sem precisar comprar uma placa inteira. A tela pode ser trocada, mas chegar até a remoção de todo o painel é um processo trabalhoso e provavelmente destrutivo. A cola da bateria é um obstáculo considerável neste processo e pode ser danificada com facilidade.

Com informações: iFixit.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.