iPhone 5 usa nano-SIM e não é compatível com o 4G do Brasil
Hoje a Apple apresentou o iPhone 5, o mais novo modelo de smartphone da empresa. Embora ele traga uma série de novidades em relação ao modelo anterior, o celular também tem algumas desvantagens. Uma das coisas que já esperávamos (mas que a Apple não fez questão de falar durante a coletiva) é o nano-SIM que o iPhone 5 usa. No lugar do micro-SIM dos aparelhos atuais, o novo modelo do iPhone tem um formato menor e que não é compatível com o anterior – não é possível nem cortar o chip.
A pior desvantagem do novo aparelho para brasileiros é que os modelos que a Apple apresentou não são compatíveis com o 4G LTE do Brasil: as frequências usadas são diferentes. De acordo com essa tabela publicada no site da Apple, o iPhone 5 tem 3 modelos: o A1428 e dois modelos de A1429 (um GSM e outro CDMA). Todos funcionam em frequências de LTE variando entre 700 MHz e 2100 MHz. No Brasil as operadoras vão operar o 4G na faixa dos 2600 MHz.
Existem, então, duas possibilidades: a Apple pode anunciar no futuro um novo modelo do iPhone 5, especificamente para ser compatível com o 4G LTE que as operadoras brasileiras estão trabalhando atualmente (o que eu duvido) ou vender por aqui o modelo A1428 do aparelho, que é o único dos três que suporta o LTE 700. Essa faixa ainda é usada para TVs analógicas aqui no Brasil e só vai ser leiloada para uso do 4G LTE em meados do ano que vem.
O problema dessa segunda alternativa é que todas as emissoras de TV precisam desocupar essa frequência antes dela poder ser leiloada. Una isso ao fato de que as operadoras estão ocupadas em trabalhar com outra faixa do LTE e o resultado é um cenário pessimista: não veremos um iPhone 5 navegando nas redes 4G no Brasil em nenhum futuro próximo. Fuén.
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