Microsoft lança atualização para fazer “censo” de usuários do Office
Empresa está lançando patch para descobrir quantos usuários ainda estão com os softwares descontinuados ou que irão perder o suporte em breve
Empresa está lançando patch para descobrir quantos usuários ainda estão com os softwares descontinuados ou que irão perder o suporte em breve
A Microsoft tem uma dúvida sobre os seus produtos: quantas pessoas ainda estão usando os “Offices” antigos em seus computadores? Para fazer o seu “censo”, a companhia está usando uma atualização no Windows — em que ela jura que nada será instalado. Segundo a empresa, o patch só realizará uma checagem no dispositivo para buscar as versões do Office 2007, 2010 e 2013.
O update foi divulgado no blog de suporte da Microsoft na última terça-feira (17) e é descrito como uma “atualização silenciosa”. De acordo com a empresa, não é necessário reiniciar o computador depois do update. As versões 2007 e 2010 do Office não possuem mais suporte, enquanto a edição 2013 seguirá o mesmo caminho mês de abril.
Existem algumas razões para a Microsoft realizar uma pesquisa de quantas pessoas ainda estão usando Offices “defasados”. O primeiro é saber quantos usuários podem ser afetados por possíveis ataques via falhas no software, afinal, não há mais atualizações de segurança para o 2007 e 2010 — mas o motivo principal provavelmente não é esse.
No ano passado, a Microsoft mudou o nome do produto Microsoft Office para Microsoft 365. Somado a isso, o Excel, Word e PowerPoint só são vendidos separadamente no Office 2021. Logo, a “compra” do software só será feita por assinatura: a empresa precisa realizar uma pesquisa de mercado para descobrir os potenciais clientes do Microsoft 365.
E na própria página com informações sobre o update você recebe uma propaganda do produto. Veja:
Se os planos de divulgar anúncios no Windows seguir adiante, mesmo que a Microsoft tenha falado que foi um engano, a empresa já terá uma lista de quais usuários pode direcionar as propagandas do Microsoft 365. Isso, claro, se ela optar por diferentes modelos de negócios de sistema operacional, como um Windows gratuito com anúncios e “Ativar o Windows” ou diferentes faixas de preço, na qual a mais barata tem propagandas — sim, igual a Netflix.
Com informações: The Register, Extreme Tech e Microsoft