Microsoft proíbe funcionários de usar Slack e desencoraja Google Docs
Slack não preenche requisitos de proteção de propriedade intelectual da Microsoft, diz comunicado interno
Slack não preenche requisitos de proteção de propriedade intelectual da Microsoft, diz comunicado interno
O Slack terá que se contentar com uma cliente a menos: a Microsoft. A empresa de Redmond baniu a maioria das versões do aplicativo corporativo de mensagens, alegando que ele não preenche os requisitos de proteção de propriedade intelectual da companhia. Além disso, o Google Docs e o Amazon AWS foram incluídos em uma lista de serviços “desencorajados”.
A proibição foi descoberta pelo GeekWire em um documento interno da Microsoft. Funcionários não poderão utilizar a versão gratuita do Slack para se comunicarem, nem as versões Padrão (R$ 15 por usuário por mês) e Plus (R$ 28,20 por usuário por mês). A única exceção fica para o Slack Enterprise Grid — que só é vendido sob medida e não tem preço divulgado.
Diz o comunicado interno:
As versões Slack Free, Slack Padrão e Slack Plus não fornecem os controles necessários para proteger adequadamente a propriedade intelectual (IP) da Microsoft. Usuários existentes dessas soluções devem migrar o histórico de conversas e os arquivos relacionados aos negócios da Microsoft para o Microsoft Teams, que oferece os mesmos recursos e integrações dos apps, chamadas e reuniões do Office 365. (…) A versão Slack Enterprise Grid atende aos requisitos de segurança da Microsoft; no entanto, encorajamos o uso do Microsoft Teams em vez de um software concorrente.
O Microsoft Teams foi lançado em 2016 como um concorrente do Slack, permitindo que equipes se comuniquem por texto, compartilhem arquivos e façam reuniões em vídeo. O serviço não emplacou tão rapidamente e, no ano passado, a Microsoft decidiu lançar uma versão gratuita com menos restrições que o Slack Free, como a possibilidade de enviar e buscar mensagens ilimitadas (são 10 mil no Slack) e compartilhar 10 GB de dados (contra 5 GB do rival).
Mas o Slack não é o único proibido: o Grammarly, ferramenta de verificação de ortografia e gramática, não pode ser utilizado dentro dos escritórios da Microsoft, porque seus plugins podem acessar conteúdo sensível em e-mails e documentos. Os softwares de segurança da Kaspersky, que andou brigando na justiça com a dona do Windows, também estão banidos.
Na lista de serviços desencorajados, mas não totalmente proibidos, entram o Google Docs; o PagerDuty, sistema de monitoramento de incidentes; e o serviço de nuvem Amazon Web Services. Até a versão cloud do GitHub, adquirido pela Microsoft por US$ 7,5 bilhões, não é indicada para códigos confidenciais. Todos esses serviços só poderão ser usados caso haja uma boa justificativa.
Faz sentido.