MP abre inquérito para apurar vazamento de dados de brasileiros no Facebook
Ministério Público do DF quer descobrir se invasão que afetou 90 milhões de contas no Facebook resultou em vazamento de dados de brasileiros
Ministério Público do DF quer descobrir se invasão que afetou 90 milhões de contas no Facebook resultou em vazamento de dados de brasileiros
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vem investigando vários escândalos que envolvem vazamento de dados ou violação de privacidade. Um dos últimos trabalhos tem como alvo o Facebook: o órgão abriu inquérito civil público para descobrir se brasileiros estão entre os 50 milhões de usuários que foram afetados no recente ataque à rede social.
As investigações serão conduzidas pela Comissão de Proteção de Dados Pessoais do MPDFT, que também analisa, desde março, o envolvimento do Facebook no escândalo Cambridge Analytica. O caso está sob sigilo de Justiça.
No problema mais recente, o Facebook se viu obrigado a deslogar 90 milhões de usuários na semana passada por causa de uma invasão que poderia permitir acesso indevido às contas por hackers.
Estima-se que 50 milhões de perfis ficaram suscetíveis à brecha, razão pela qual os tokens de todos eles foram resetados. Outras 40 milhões de contas tiveram os tokens cancelados como medida de precaução.
No entendimento do MPDFT, o ataque “pode ter permitido o acesso indevido a dados pessoais dos usuários, como nome, sexo e cidade”, daí a preocupação do órgão em descobrir qual a extensão do problema em relação às contas de brasileiros.
O promotor de Justiça Frederico Meinberg Ceroy, que coordena a Comissão de Proteção de Dados Pessoais do MPDFT, também manifestou preocupação com o fato de o incidente ter ocorrido em data próxima ao primeiro turno das eleições no Brasil — provavelmente, existe o temor de que contas vulneráveis sejam ou tenham sido usadas indevidamente para fins políticos.
Em nota, o Facebook declarou que ainda não foi notificado pelo MPDFT, mas que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. A companhia disse também que “está levando isso muito a sério e adotou ações imediatas para proteger a segurança das pessoas”.
Com informações: Reuters.