Carros do Uber e outros apps já ultrapassam número de táxis em São Paulo

Pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo divulgou o número de carros particulares que circulam na cidade para oferecer serviço de transporte por aplicativos, como o Uber: são 50 mil, de acordo com o prefeito João Doria, em entrevista à rádio CBN. O número supera de longe o total de taxistas credenciados, que atualmente é de 38 mil.

Os 50 mil veículos estão cadastrados no Uber e outros aplicativos de transporte particular, como Cabify, Easy e 99. Mas a empresa norte-americana detém a maioria deles: de acordo com a Folha, em 2016 a estimativa era de que 9 em cada 10 carros eram do Uber. Na época, a prefeitura chegou a anunciar que aumentaria a tarifa para aplicativos que circulassem mais, com o objetivo de combater o monopólio do Uber.

Sem limite de alvarás, era questão de tempo até que o transporte por carros particulares ultrapassasse os táxis. Em Nova York, onde há menos táxis que em São Paulo, a virada aconteceu em 2015, quando 14.088 carros do Uber percorriam as ruas da cidade, contra 13.587 dos famosos táxis amarelos.

O crescimento do Uber no Brasil foi rápido: em outubro de 2016, a empresa informava que havia 50 mil motoristas parceiros no país inteiro; números mais específicos eram mantidos em sigilo tanto pela empresa quanto pelas prefeituras.

Apesar disso, estão cada vez mais frequentes as críticas ao Uber devido a um crescimento sem qualidade — reclamações comuns dos usuários são a dependência do Waze por motoristas inexperientes, que erram o caminho com frequência; a queda de qualidade nos veículos do uberX (a empresa passou a aceitar carros como Uno e Palio); e a falta de segurança nas viagens desde que o Uber começou a permitir pagamento em dinheiro. Do outro lado, os motoristas se queixam das tarifas baixas demais e da alta comissão, de 20 a 30%, paga por corrida ao Uber.

Você tem notado alguma piora no serviço do Uber?