O mercado brasileiro de celulares está dominado pelos aparelhos com telas acima de 5 polegadas. Um relatório da Flurry, empresa de análise de dados do Yahoo, mostra que eles já são maioria no Brasil: 56% dos smartphones nas mãos dos consumidores tinham displays entre 5 e 6,9 polegadas em 2016 — bem mais que os 40% registrados no ano anterior.
O estudo mostra que, em 2016, 3% dos celulares no Brasil eram pequenos (3,5 polegadas ou menos), 37% eram médios (entre 3,5 e 4,9 polegadas), 56% eram phablets (entre 5 e 6,9 polegadas), 2% eram tablets menores (entre 7 e 8,4 polegadas) e 2% eram tablets maiores (8,5 polegadas ou mais). A Flurry diz que o aumento dos phablets no país “está diretamente relacionado com o crescimento da categoria de aplicativos de consumo de mídia e de engajamento social”.
É curioso como os pequenos (incluindo iPhones 4s ou anteriores e aparelhos de baixo custo) ainda têm representatividade no Brasil, com 3% de penetração — no mundo, vale lembrar, os dispositivos com telas de 3,5 polegadas ou menos têm participação equivalente a… 0%. Algumas empresas continuam investindo nesse tamanho, como a Alcatel, para tentar atrair um público que ainda não tem smartphone.
A empresa também monitorou 940 mil aplicativos para chegar à conclusão de que a categoria mais bem sucedida em 2016 foi a de compras, com crescimento anual de 111%. Os aplicativos de redes sociais e mensagens subiram 70%, seguido pelos de fotografia (21%). Na outra ponta da tabela, chama a atenção a decadência dos aplicativos de personalização (queda de 70%) e de games (10%).
A baixa nos games aconteceu porque “o primeiro ‘sucesso’ deste ano, o Pokemon Go, enfraqueceu de forma relativamente rápida, conforme os consumidores perdiam interesse no jogo, voltando apenas a ser usado em eventos relacionados à feriados”, segundo a Flurry. Super Mario Run, que já rendeu US$ 53 milhões aos cofres da Nintendo, foi até bem sucedido, mas chegou apenas em dezembro e não teve muita influência nos números de 2016.
O relatório completo, que inclui até os horários de pico e um gráfico mostrando que o paulista utiliza menos o smartphone que os californianos no período da manhã (!), pode ser acessado nesta página do Yahoo.