A Nvidia anunciou nesta semana a Quadro GV100, solução gráfica que, como o nome aponta, tem como base o núcleo Volta GV100, o mesmo que equipa a poderosa placa de vídeo Titan V. Isso significa que a novidade tem muito poder de fogo. Mas o preço é alto (para a surpresa de ninguém): cada unidade sai por US$ 8.999.
O preço é alto porque, embora nada te impeça de usar a Quadro GV100 para rodar Crysis (ou pelo menos tentar), a placa gráfica foi desenvolvida para executar aplicações profissionais, como modelagem de objetos, criação de animações e renderização de vídeos 3D.
Para você ter ideia, a Nvidia afirma que a Quadro GV100 gera efeitos de luminosidade, reflexo ou sombreamento praticamente em tempo real graças à tecnologia RTX, que proporciona renderização do tipo ray tracing com resultados bastante realistas. O ray tracing (traçado de raios) é uma técnica de computação gráfica que se baseia no comportamento real da luz para gerar efeitos de iluminação precisos.
Além disso, a Quadro GV100 pode ser empregada facilmente em aplicações complexas de realidade virtual ou em projetos de aprendizagem profunda, por exemplo, áreas que vêm recebendo cada vez mais atenção da Nvidia.
As especificações da Quadro GV100 fazem a gente acreditar nisso. São 5.120 núcleos CUDA, frequência de 1.200 MHz (1.450 MHz em boost), 640 núcleos tensor (usados em aprendizagem de máquina), 320 TMUs (unidades para texturização), 128 ROPs e nada menos que 32 GB de memória HBM2. Todos esses números dobram com o uso da tecnologia NVLink, que interconecta duas GPUs GV100. O TDP é de 250 W.
Os números impressionantes não terminam aí. O núcleo Volta GV100 tem processo de fabricação FFN de 12 nanômetros e reúne 21,1 bilhões de transistores em um único die de 815 milímetros quadrados. De acordo com a Nvidia, a Quadro GV100 pode atingir até 14,8 teraflops em precisão única (FP32) ou 118,5 teraflops em aplicações de aprendizagem profunda (por chip).
Melhor que isso só uma combinação generosa de GPUs, certo? Pois bem, A DGX-2, outra novidade da Nvidia, é um servidor com uma espécie de cluster que reúne 16 unidades Tesla V100 com 32 GB de memória HBM2 cada, além de dois processadores Intel Xeon e 30 TB de armazenamento de dados via SSD. O desempenho da DGX-2 passa de 2 petaflops. O equipamento será lançado até o terceiro trimestre e custará apenas US$ 399 mil.