Ray tracing chega às placas GeForce GTX, mas desempenho decepciona
Nvidia acaba de lançar drivers que levam o ray tracing à série GeForce GTX 1000
Nvidia acaba de lançar drivers que levam o ray tracing à série GeForce GTX 1000
Em março, a Nvidia anunciou a compatibilidade do ray tracing (traçado de raios) com placas de vídeo GeForce GTX — até então, o recurso estava disponível somente na série GeForce RTX. Mas convém não se empolgar com essa novidade: testes mostram que, nas GPUs GTX, o ray tracing só dá conta de efeitos medianos (e olhe lá).
Nesta quinta-feira (11), a Nvidia liberou drivers com DXR (DirectX Raytracing) para permitir que placas GeForce GTX mais recentes sejam compatíveis com o ray tracing — basicamente, uma técnica que imita raios de luz do “mundo real” para gerar gráficos mais convincentes. Nesses modelos, os efeitos são executados pelos núcleos que lidam com shaders.
A Nvidia destaca, porém, que por contarem com os chamados núcleos RT (ou RT Cores), as placas GeForce RTX conseguem ter de duas a três vezes mais desempenho com o ray tracing do que a série GTX, afinal, o componente foi implementado justamente para lidar com traçado de raios.
Mas, nos jogos e benchmarks, as diferenças entre as duas séries podem ser muito maiores. Em um dos testes executados pela própria Nvidia, a linha GeForce RTX foi quase seis vezes superior à GTX.
Para ser mais específico, esse teste diz respeito ao 3DMark Port Royal para avaliação de reflexos e sombras avançadas. Nesse benchmark, uma GeForce RTX 2080 Ti conseguiu trabalhar com 53,3 fps (frames por segundo) em resolução de 2560×1440 pixels e recursos como ray tracing (óbvio) e DLSS (técnica para dar contornos mais definidos aos objetos) ativados.
Enquanto isso, uma GeForce GTX 1080 Ti fazendo o mesmo teste, com traçado de raios ativado, mas sem DLSS (por falta de compatibilidade), registrou apenas 9,2 fps. Em um jogo, uma taxa de frames como essa é simplesmente inviável.
Nos testes de iluminação com Metro Exodus executando em resolução de 2560×1440 pixels, a RTX 2080 Ti alcançou 65,7 fps, enquanto a GTX 1080 Ti obteve 16,4 fps.
Já em Battlefield V em 4K, RTX 2080 Ti e GTX 1080 Ti registraram, respectivamente, 65,5 fps e 30,4 fps. Esse teste avaliou reflexos e sombreamentos mais básicos, portanto, sugere que, pelo menos nesse aspecto, a série GTX consegue ter uma desenvoltura mínima com o ray tracing.
É claro que o desempenho variará de jogo para jogo e dependerá de parâmetros de configuração. Além disso, otimizações nos games e drivers podem surgir com o passar do tempo. Mesmo assim, fica evidente que, quanto mais raios um efeito exigir, mais a performance irá cair. É uma conclusão um tanto óbvia: se em determinadas circunstâncias o ray tracing exige bastante de placas RTX, imagine com relação a modelos sem núcleos RT.
De todo modo, junto aos drivers com DRX, a Nvidia liberou três demos que permitem aos jogadores avaliar o desempenho do ray tracing, tanto em placas GeForce RTX quanto em GTX. São elas: Atomic Heart RTX, Justice e Reflections. Essas e outras demos podem ser baixadas no site da Nvidia.
Vale lembrar que não é toda a série GTX que é compatível com o DXR. A lista oficial é esta (inclui as GPUs para notebooks baseadas nesses modelos):
Com informações: AnandTech.
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