Arm anuncia Immortalis, GPU que levará ray tracing a celulares Android
Além da Immortalis-G715, que promete ray tracing e mais desempenho, Arm anunciou as GPUs Mali-G715 e Mali-G615
Além da Immortalis-G715, que promete ray tracing e mais desempenho, Arm anunciou as GPUs Mali-G715 e Mali-G615
O nome Immortalis é tão imponente que poderia estampar a capa de um jogo. Não estampa, mas vai chegar perto. Essa é a denominação que a Arm escolheu para a sua nova geração de GPUs para dispositivos móveis. Anunciada nesta terça-feira (28), a novidade promete levar o padrão ray tracing a celulares Android.
A primeira GPU Immortalis foi batizada de Immortalis-G715. Toda nova geração chega com a promessa de mais desempenho sobre a anterior. Aqui, não é diferente. A Arm afirma que a novidade é 15% mais rápida do que as GPUs Mali premium atuais. Para tanto, a Immortalis-G715 pode ter entre dez e 16 núcleos.
Mas o suporte a ray tracing é mesmo o principal atrativo. Vale lembrar que essa é uma técnica que imita raios de luz do “mundo real” para gerar gráficos mais convincentes nos jogos. A tecnologia está presente nas placas de vídeo Nvidia GeForce RTX 3000, por exemplo.
Com a série Immortalis, o ray tracing pode consolidar a sua chegada ao território do Android. Os primeiros passos nessa direção foram dados na introdução da tecnologia na GPU Mali-G710, mas no nível do software. A Immortalis-G715 representa um avanço mais significativo por trazer o ray tracing no nível do hardware.
Esse movimento sugere que os primeiros chips baseados na Immortalis-G715 devem ser anunciados no fim deste ano ou no começo do próximo. Se essa previsão se confirmar, 2023 será o ano em que encontraremos os primeiros celulares equipados com a GPU, quando então teremos uma ideia clara de como é o seu desempenho.
Talvez seja uma previsão bastante otimista, afinal, é necessário que os jogos estejam preparados para rodar com ray tracing. Mas é possível que os trabalhos nesse sentido já tenham começado, afinal, a Samsung anunciou o Exynos 2200 no começo do ano. Esse é um chip cuja GPU (baseada na arquitetura AMD RDNA 2) também introduz o suporte a ray tracing.
Uma dúvida que fica no ar é: todo esse avanço não vai prejudicar a autonomia da bateria? Só os testes independentes vão dar uma resposta convincente, mas a Arm fala que a Immortalis-G715 também deve ter 15% mais desempenho em eficiência energética em relação à geração anterior.
Diante disso, podemos manter boas expectativas sobre essa GPU.
A série Immortalis (eu adorei esse nome) deve acompanhar chips de alto desempenho. Mas a Arm também anunciou opções um pouco mais econômicas nesse aspecto: a Mali-G715 e a Mali-G615.
Da Mali-G715, podemos esperar configurações com sete a nove núcleos, assim como um motor capaz de melhorar o desempenho energético (a exemplo da Immortalis).
Também podemos considerar esta como a sucessora da Mali-G710. Você deve ter percebido que a nova GPU tem várias características em comum com a Immortalis-G715. Só não há suporte a ray tracing aqui.
A tecnologia Variable Rate Shading (VRS) também é suportada pela Mali-G715 (assim como pela Immortalis-G715 e GPUs anteriores). É um atributo importante. O sombreamento de taxa variável, como pode ser traduzido, permite economizar recursos da GPU ao renderizar pixels com mais detalhes somente em pontos específicos da cena.
Por sua vez, a Mali-G615 traz quase as mesmas especificações da Mali-G715, exceto por ter suporte a até seis núcleos. Provavelmente, essa opção fará parte de chips voltados ao segmento “intermediário premium”.
As GPUs Mali-G715 e a Mali-G615 também devem chegar aos celulares a partir de 2023.