Projeto que cria carteira digital de vacinação passa no Senado
Proposta transforma carteira digital de vacinação em política do Programa Nacional de Imunizações
Proposta transforma carteira digital de vacinação em política do Programa Nacional de Imunizações
O Senado aprovou o projeto de lei que visa criar a carteira digital de vacinação, que poderá reunir informações sobre vacinas e soros aplicadas em cada pessoa no Brasil. A ideia é substituir a carteira em papel para evitar que os cidadãos fiquem sem o histórico caso o documento seja perdido.
A proposta inclui a carteira digital de vacinação no Programa Nacional de Imunizações. De acordo com o projeto, ela contaria com “a identificação do portador, as vacinas e os soros aplicados e pendentes, os fabricantes e lotes das vacinas e dos soros utilizados, e outras informações estabelecidas em regulamento”.
O texto aprovado é o substitutivo do relator, senador Weverton Rocha (PDT-MA) para o PL 4998/2020, do senador Acir Gurgacz (PDT/RO). Com o relatório, o projeto passou a indicar que “toda a população brasileira receberá as vacinas a que tem direito”, mesmo quem não tiver a carteira. Segundo Weverton, o trecho foi incluído para esclarecer que a ausência do documento não poderá ser um empecilho para a vacinação.
O relator destacou que o Ministério da Saúde que o cidadão já tem acesso ao seu histórico de vacinas pelo ConecteSUS, plataforma disponível no Android, no iOS e em navegadores. Ela apresenta vacinas recebidas e registradas pelo Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
A ferramenta também apresenta informações sobre consultas, exames, doações de sangue e outros registros ligados ao SUS (Sistema Único de Saúde). O Senado, porém, avalia que a lei é necessária para tornar a carteira uma política permanente.
“O fato de o Ministério da Saúde, especificamente o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), estar promovendo essa modernização do sistema, não nos autoriza a dispensar o imperativo de que haja uma amarração legal, que dê segurança jurídica e a necessária perenidade à matéria”, afirmou Weverton.
Apresentado em outubro, o projeto teve tramitação rápida por conta da urgência imposta pela pandemia do novo coronavírus. Os parlamentares avaliam que o documento poderá contribuir com o aumento de uma futura vacinação contra a COVID-19. Com a aprovação no Senado, a proposta segue para análise na Câmara dos Deputados.