Senado terá audiência pública para debater se games estimulam violência

Senado Federal também criou enquetes perguntando se games influenciam no comportamento violento de jovens

Emerson Alecrim
• Atualizado há 2 anos e 1 mês
Jogando videogame (Por Pixabay)

A polêmica dos jogos violentos chegou ao Senado. O assunto, que voltou à tona depois do massacre do Suzano, vai ser discutido em uma audiência pública requisitada pelo senador Eduardo Girão (Pode-CE) e aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Não é incomum que, após atos de violência, autoridades apontem os games como possível causa. No caso do massacre de Suzano, uma declaração nesse sentido foi dada pelo vice-presidente da República Hamilton Mourão à imprensa:

“Hoje a gente vê essa garotada viciada em videogames e videogames violentos. Só isso que fazem. Quando eu era criança e adolescente, jogava bola, soltava pipa, jogava bola de gude, hoje não vemos mais essas coisas. É isso que temos que estar preocupados”.

O senador Eduardo Girão tem posição semelhante. Para ele, os jogos eletrônicos podem influenciar no comportamento violento de jovens e crianças:

“É um efeito potencializador, é a cultura da violência em ação. Isso movimenta bilhões de dólares. Esses jogos não têm controle, não têm regulamentação com relação à compra e idade para utilização”, disse Girão ao Senado Notícias.

A data da audiência ainda não foi definida, mas, enquanto isso, o Senado Federal criou uma enquete no Facebook e outra no Twitter perguntando se jogos eletrônicos violentos influenciam no comportamento de crianças, adolescentes e jovens:

O assunto também virou pauta aqui no Tecnoblog. Recentemente, publiquei um especial explicando que culpar o videogame por ataques violentos é uma falácia.

Essa discussão também foi tema do Tecnocast 110.

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Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.