Snapdragon Wear 3100 promete mais bateria para smartwatches
Novo processador para smartwatches pode mostrar horas por até 30 dias seguidos
Novo processador para smartwatches pode mostrar horas por até 30 dias seguidos
A Qualcomm ainda não desistiu do mercado de smartwatches e anunciou ontem (10) a chegada oficial do Snapdragon Wear 3100. Além de melhorias no desempenho, este novo processador promete resolver o problema crônico de qualquer relógio inteligente e que nem a Apple parece querer solucionar: tempo de bateria maior do que um ou dois dias.
Para tentar mostrar que dá pra funcionar bastante coisa do gadget sem utilizar muita energia, a Qualcomm criou uma plataforma de baixíssimo consumo energético, um avanço considerável quando comparado com o atual modelo do mercado, Wear 2100 e que a própria fabricante diz que é uma versão miniaturizada da plataforma de processadores para smartphones.
Em tecnês, o novo chip utiliza um processador ARM Cortex A7 de quatro núcleos e que trabalha em até 1,2 GHz, que “permitem que os consumidores apreciem a beleza de um relógio com a potência de um smartwatch, a duração de bateria de um relógio para esportes com a riqueza de um smartwatch e a utilidade de um relógio analógico com a flexibilidade de um smartwatch”, diz a empresa.
Um coprocessador chamado QCC1110 é o responsável por tarefas que demandam menos energia, como exibir a hora e algumas notificações, sem muitas interações com a tela ou sem acompanhar exercícios físicos. Tudo isso foi feito em parceria com o próprio Google, que é quem cria o sistema operacional Wear OS (ex-Android Wear) e que ajudou o processo de criação do novo silício para funcionar em três novas funções: modo ambiente para dar mais cores e contraste na tela, melhor experiência para o usuário que pratica esportes e um modo que transforma o relógio inteligente em um relógio tradicional, com objetivo de durar mais quando a bateria está acabando.
O que mais importa é o último passo, que tenta solucionar o problema de duração da bateria – sem tocar na ideia do Pebble Time Steel e seus 10 dias de autonomia, com a tela ligada em 100% do tempo, ou no Amazfit Bip que tem quase um mês de autonomia, também com tela ligada o tempo todo.
A Qualcomm promete que se você ligar o modo que transforma o smartwatch em apenas um mostrador de horas, o produto poderá durar até 30 dias com apenas uma carga. Se você ligar este modo quando estiver com 20% de carga, terá ainda uma semana de hora sendo mostrada – o que é muito melhor do que uma tela desligada, sem qualquer função e que está presa no seu pulso.
Comparando com o que consegue a geração anterior, o Wear 3100 é capaz de durar de 4 até 12 horas extras com usuários que utilizam Wi-Fi, Bluetooth, comandos de voz e reprodução de MP3 em fones de ouvido. Não soluciona o problema, mas dá um remédio para tentar ser melhor. O modo para prática de esportes também tem a energia como foco e promete 15 horas seguidas de GPS ligado, com base em um smartwatch que tem bateria de 450mAh.
No começo, as marcas Fossil Group, Louis Vuitton e Montblanc garantiram produtos com este novo processador e a Qualcomm criou três variantes do novo chip para produtos diferentes, sendo um focado em modelos com suporte para 4G/LTE, relógios para práticas de esportes e que tem GPS, além de dispositivos mais simples e que são focados apenas em Bluetooth e Wi-Fi. A produção em massa do componente já está sendo feita e os primeiros modelos equipados com a novidade devem chegar para o Natal.
Com informações: Qualcomm.
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