Os rumores do mês passado estavam certos: mais de dez anos depois de ter sido descontinuado, o cão robótico da Sony está de volta. Com visual e funções renovadas, o novo Aibo já está em pré-venda no Japão e será lançado oficialmente em 11 de janeiro. Mas os interessados devem preparar o bolso.
A primeira versão do robozinho foi lançada em 1999 e, nos anos seguintes, acumulou pelo menos 15 atualizações. Apesar de nunca ter sido considerado um fracasso de vendas, o Aibo foi descontinuado em 2006 devido a uma reestruturação que a Sony promoveu em suas unidades de negócios para reverter os efeitos de uma crise financeira.
Como não poderia deixar de ser, o Aibo está de volta em uma versão (modelo ERS-1000) muito mais esperta, por assim dizer. Começa pela movimentação. As peças do robô contam com 22 eixos que permitem que ele faça diversos tipos de movimentos típicos de cachorros reais, incluindo balançar o rabo para demonstrar felicidade e coçar as orelhas com as patas traseiras.
Para os humanos, os olhos também falam. Nesse sentido, a Sony foi bastante feliz ao colocar dois pequenos painéis como globos oculares no Aibo. Com eles, o robozinho consegue simular piscadas e olhares de sono, curiosidade, surpresa, entre outros, assim como olhar em direção do dono.
Falava-se que o novo Aibo incluiria funções de assistente virtual, o que permitiria à Sony concorrer com as linhas Google Home e Amazon Echo, por exemplo. Bom, talvez esses recursos apareçam na próxima versão. O foco do novo modelo continua sendo apenas a função de mascote robótico.
Mas isso não quer dizer que não houve avanços tecnológicos. A Sony destaca que o novo Aibo usa aprendizagem de máquina para executar as ações que mais agradam ao dono. Ele também se conecta à internet via Wi-Fi 802.11n ou rede LTE (há um slot para SIM card nele) para absorver as experiências de outras unidades — um pouco assustador esse detalhe, não? — e fazer backup dos dados acumulados.
O objetivo é fazer o Aibo se comportar, tanto quanto possível, como um cãozinho de verdade. Ele pode correr atrás do dono, pedir carinho, brincar com uma bola, ficar feliz quando alguém chega e assim por diante.
Vários componentes são usados para coleta de dados e interação. O novo Aibo tem duas câmeras, quatro microfones, sensores de toque e pressão, sensor de movimento e sensor de luminosidade, por exemplo. O problema é a bateria: ela tem autonomia de apenas duas horas e tempo de recarga de três.
Assim como os modelos anteriores, o Aibo é um brinquedinho caro. No Japão, ele custa o equivalente a US$ 1.750 e exige uma assinatura mensal de aproximadamente US$ 25 por pelo menos três anos para acesso às nuvens e recursos complementares, incluindo um app para configuração e controle remoto.
Não há previsão de lançamento em outros países.
Com informações: The Next Web