STF abre inquérito para investigar possível ataque hacker
Ministro Alexandre de Moraes avaliou que há elementos que apontem para uma ameaça ao STF
Ministro Alexandre de Moraes avaliou que há elementos que apontem para uma ameaça ao STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) vai investigar um possível ataque hacker que obrigou o órgão a tirar seu site do ar na quinta-feira (6). A medida foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes após um pedido da Polícia Federal. Agora, a investigação sobre o que levou à instabilidade do sistema do tribunal seguirá em sigilo.
Depois da investigação preliminar da PF, Moraes concluiu que há indícios de uma possível ameaça ao STF. Como aponta o G1, o ministro entendeu que os fatos podem estar ligados a inquéritos da Corte sobre fake news e atos antidemocráticos. Um dos objetivos da nova investigação é saber se o suposto ataque hacker tem motivações políticas.
O DefCon-Lab informou na terça-feira (11) que o pesquisador conhecido como Tr4g1ck M3t4l1ck assumiu a ação no sistema do STF. Segundo o site, o hacker afirmou que não divulgou nenhuma informação a qual teve acesso e alegou que seu objetivo era apenas chamar atenção para as falhas na segurança do tribunal.
O site do STF saiu do ar na quinta-feira (6) e vem retomando os serviços gradualmente. Na segunda-feira (10), a página inicial e outras áreas importantes, como a de acompanhamento processual, pesquisa de jurisprudência e divulgação da pauta tiveram acesso normalizado. Ainda assim, algumas páginas ainda estão indisponíveis.
O STF afirma que decidiu tirar seu site do ar após identificar um “acesso fora do padrão”. O órgão informou, em nota, que o acesso foi contido quando ainda estava em andamento. O comunicado apontou ainda que as páginas ficaram indisponíveis para usuários externos como forma de garantir a segurança das informações.
Na ocasião, a Corte não detalhou o que seria o “acesso fora do padrão”, mas apontou que o site tem registrado um crescimento expressivo na quantidade de acessos não-humanos. Em muitos casos, tratam-se de robôs lícitos usados por empresas, entidades e profissionais de direito que coletam dados públicos, como o andamento processual e jurisprudência.
No entanto, há casos em que os sistemas do STF não conseguem identificar se os acessos vêm de robôs lícitos ou não. Nestas situações, o órgão reforça sua segurança para restringir o acesso. A Corte afirmou que, no caso mais recente, “o acesso não teve intuito de ‘sequestro’ de ambiente, mas apenas de obtenção de dados”.
“Segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas”, apontou o STF, sem especificar quais são essas informações.
Com informações: Migalhas.
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