Telefónica e LaLiga conseguem bloqueio de 44 plataformas de IPTV pirata

Dona do campeonato espanhol, um dos mais assistidos do mundo, e Telefónica conseguem autorização na Justiça para “bloqueio dinâmico” de IPTVs piratas

Pedro Knoth
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A LaLiga, dona do campeonato espanhol de futebol, e a operadora Telefónica obtiveram a seu favor uma decisão judicial que permite o bloqueio de mais de 40 IPTVs piratas e sites de compartilhamento de card. Com a vitória na Justiça, todos os principais provedores de sinal da Espanha, que incluem empresas como Vodafone e MásMóvil, devem impedir seus usuários de acessarem os serviços de transmissão ilegal.

A briga travada pela Telefónica na Justiça para coibir a pirataria começou em 2019, quando a empresa entrou com um processo para bloquear IPTVs ilegais. No ano seguinte, a operadora obteve uma intimação para que as principais provedoras de internet da Espanha bloqueassem 44 serviços de transmissão pirata de jogos da LaLiga.

A intimação também permite o que é chamado “bloqueio dinâmico”. Essa forma de suspensão dá a habilidade de as operadoras acompanharem os IPTVs piratas e, quando esses serviços mudam de endereço para tentar driblar a fiscalização, as instruções de bloqueio são atualizadas.

Telefónica e LaLiga podem fazer “bloqueio dinâmico”

A Telefónica entrou com um novo processo na Justiça recentemente, dessa vez se unindo à LaLiga e ao seu serviço de streaming, o Movistar+. O alvo da nova ação são mais 41 IPTVs piratas, pelos quais o usuário pode assistir a partidas do campeonato espanhol sem pagar, infringindo os direitos autorais da liga.

Consta no processo que os IPTVs dispõem de “recursos técnicos avançados”, o que significa que um bloqueio simples não seria um suficiente. Por isso, a Telefónica e a LaLiga entraram com um pedido para um “bloqueio dinâmico”.

Em um comunicado, a operadora e a dona dos direitos do campeonato espanhol confirmaram que a 6ª Corte Comercial de Barcelona aprovou o pedido para bloquear imediatamente as 41 plataformas de transmissão ilegal de conteúdo.

Conforme a intimação, os maiores provedores locais, incluindo Vodafone, Orange, MásMóvil (Telemóvel, Euskatel, R), Digimóbil e Telefónica Espanha devem empregar esforços para bloquear os IPTVs a qualquer custo.

Como no processo de fevereiro de 2020, foi concedido o “bloqueio dinâmico” para coibir a pirataria. Isso significa que o dono dos direitos autorais — no caso, a LaLiga — deve avisar a cada semana sobre o surgimento de novos sites piratas usados para assistir futebol sem autorização. Além disso, a liga deve avisar sobre os IPs usados para administrar esses tipos de domínio.

O campeonato espanhol é uma das maiores ligas de futebol do planeta. Times consagrados, como Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, reúnem milhões de fãs ao redor do mundo que assistem às partidas. Por isso, é seguro presumir que sua transmissão seja pirateada por vários torcedores. Atualmente, o Star+, serviço de streaming da ESPN, Fox Sports e Disney, transmite ao vivo partidas da LaLiga.

Segundo estimativas da dona do campeonato espanhol, 71 milhões de visualizações de jogos da LaLiga foram ilegais. É uma queda em relação ao ano passado, mas o número de usuários que teve acesso ao esporte através de IPTVs ilegais se manteve praticamente igual.

Com informações: Torrent Freak

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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