Polícia detém pessoas por trás de IPTV pirata com jogos de LaLiga

Autoridades chegam a duas pessoas que operavam esquemas ilegais de IPTV e CCCAM e pirateavam jogos do campeonato espanhol

Giovanni Santa Rosa

A polícia espanhola prendeu duas pessoas que comandavam uma empresa de IPTV pirata. Elas haviam lucrado mais de R$ 400 mil com a venda de assinaturas do serviço ilegal. Entre os conteúdos transmitidos, estavam jogos do campeonato espanhol de futebol. A empresa LaLiga, dona da competição, participa das investigações.

Os dois cibercriminosos foram presos na cidade de Málaga, a 415 km ao sul da capital Madri. Segundo a polícia do país, a detenção se dá por crimes contra a propriedade intelectual, contra os serviços de transmissão televisiva de caráter condicional e por fraude do serviço elétrico.

As autoridades dizem que eles têm um alto nível de especialização técnica e contavam com uma sofisticada infraestrutura para prestar os serviços ilegais. Além disso, elas teriam lucrado 87,5 mil euros (mais de R$ 400 mil na cotação atual) com a atividade de pirataria.

A empresa de pirataria contava inclusive com anúncios em sites bastante visitados e até mesmo um serviço de atendimento ao cliente.

Os canais vendiam tanto assinaturas de IPTV quanto de CCCAM. IPTV, como você deve saber, é a própria transmissão de vídeo pela internet. Já o CCCAM é um modo de compartilhamento de “cartões”, isto é, informações que permitem o acesso a conteúdos legais por pessoas que não os assinaram.

LaLiga e Telefónica podem bloquear IPTV pirata

A guerra da dona do campeonato espanhol de futebol contra a pirataria não é de hoje. Desde 2019 ela faz investigações e processa plataformas ilegais de IPTV.

Em dezembro do ano passado, a empresa esportiva e a operadora Telefónica conseguiram uma decisão judicial a seu favor. Com ela, as companhias puderam bloquear 44 serviços de transmissão pirata de jogos de LaLiga.

A intimação também permite bloqueio dinâmico. Isso significa que as empresas podem acompanhar as IPTVs piratas e, caso elas mudem de endereço, não é necessário um novo processo para derrubá-lo.

O combate à pirataria pela empresa passa do ponto às vezes. Em 2018, veio à tona a notícia de que o aplicativo oficial do campeonato espionava o microfone dos usuários para detectar transmissões ilegais.

Com informações: TorrentFreak.

Relacionados

Escrito por

Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.