Ace Stream critica bloqueio por pirataria: “é como derrubar um navegador”
Esta não é a primeira acusação de pirataria que o reprodutor recebe; empresa diz que não publica nem hospeda nenhum tipo de conteúdo, apenas reproduz
Esta não é a primeira acusação de pirataria que o reprodutor recebe; empresa diz que não publica nem hospeda nenhum tipo de conteúdo, apenas reproduz
O famoso player Ace Stream veio a público e se defendeu, nesta segunda-feira (12), do bloqueio que sofreu na Espanha. A decisão foi acatada pela Justiça do país após a LaLiga, uma das ligas espanholas de futebol, e a Telefónica, empresa espanhola de telecomunicações, entrarem com uma ação para tentar acabar com as transmissões piratas de partidas.
Em entrevista ao TorrentFreak, Roman Morozyuk, responsável pela ferramenta, falou sobre a real utilidade do player. Segundo ele, o Ace Stream não publica nem hospeda nenhum tipo de conteúdo, apenas reproduz.
O Ace Stream não é um provedor de conteúdo ou serviço de hospedagem. Não publicamos ou armazenamos nenhum conteúdo de vídeo ou áudio. Isso exclui automaticamente a possibilidade de violarmos os direitos autorais do conteúdo de vídeo ou áudio.
Em outras palavras, Morozyuk quer dizer que seu player precisa de um endereço de terceiros para transmitir uma partida de futebol, por exemplo. Sem um endereço, portanto, a ferramenta não funcionará.
O executivo comentou também que ninguém da empresa foi notificado sobre o bloqueio — algo que, para ele, é estranho, dado que a LaLiga já havia entrado em contato com eles a respeito de supostas violações de direitos.
Não recebemos nenhuma notificação da LaLiga ou de nenhum de seus agentes sobre o referido bloqueio do site, e descobrimos por acaso, graças aos nossos usuários.
Para o Ace Stream, banir a ferramenta é como derrubar um navegador, haja vista que sites fraudulentos também podem ser acessados e não são bloqueados.
O Ace Stream também conta com um aplicativo para Android. No entanto, a LaLiga solicitou que o Google removesse da loja, algo que acabou acontecendo poucos dias depois.
A empresa responsável pelo player entrou em contato com a gigante de buscas e argumentou ter sido falsamente acusada de violação de direitos.
Segundo eles, a reivindicação da LaLiga tinha capturas de tela do Ace Stream exibindo partidas de futebol de forma pirata. A liga, contudo, não esclareceu como fez para acessar essas transmissões, já que não são vinculadas ao player.
Finalmente, o Google permitiu que o tocador voltasse à loja.
No início deste ano, o Ace Stream também enfrentou acusações da Aliança Audiovisual Anti-Pirataria (Audiovisual Anti-Piracy Alliance ou AAPA).
O órgão da União Europeia (UE) colocou “injustamente”, diz Morozyuk, o Ace Stream junto a serviços de IPTVs ilegais em uma longa lista dos “principais infratores de conteúdo”.
Enviamos nossas reivindicações e demandas justificadas para interromper imediatamente as ações ilegais contra nossa empresa que desacreditam nosso projeto legal e nossos produtos e também violam os direitos dos consumidores.
Infelizmente, a Ace Stream ainda não recebeu resposta nem da AAPA nem da UE. Contudo, se as coisas saírem do controle, a empresa pode eventualmente tomar medidas legais.
Por enquanto, Morozyuk diz querer solucionar esse problema através do diálogo e sem precisar recorrer à Justiça. Ele acredita que essa é a melhor solução e espera resolvê-la “através do entendimento mútuo e fora dos tribunais”, admite.
Com informações: TorrentFreak