Twitter Blue é lançado com problemas e pode chegar no Brasil por R$ 44,90 [atualizado]

Serviço de assinatura foi reformulado e disponibilizado nos Estados Unidos; Twitter suspendeu a venda do serviço para contas novas

Felipe Freitas
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• Atualizado há 7 meses
celular - Como ter uma conta verificada no Twitter
(Imagem: Jeremy Bezanger / Unsplash)

O Twitter liberou a nova versão do seu serviço de assinatura. Conforme divulgado por Elon Musk, o chefão da rede social, o Twitter Blue custará US$ 7,99. Entretanto, a assinatura só está disponível para iOS e nos países que já contavam com o serviço — e para contas criadas antes de 9 de novembro.

Atualização

Página do Twitter na App Store apresenta novo preço para assinatura do Twitter Blue. Produto agora deve custar R$ 44,90, não mais R$ 25,90

O novo Twitter Blue já oferece o selo de verificação para os seus assinantes. Na verdade, das novidades prometidas por Musk, essa é a única que estava funcionando — as outras serão lançadas depois. Contudo, a venda da assinatura foi suspensa para contas novas. O motivo é que pessoas estavam usando o selo para se passarem por outras.

Twitter Blue traz selo de verificado e problema

Como quase todo mundo debateu e opinou nos últimos, vender um selo de verificado seria mais um fator para ampliar a desinformação e as contas falsas na plataforma. Pouco depois da liberação do novo Twitter Blue, a assinatura foi suspensa porque usuários estavam comprando o serviço para ganhar o selo e fingir serem contas oficiais.

Agora, contas criadas depois do dia 9 de novembro estão temporariamente suspensas de assinarem o Twitter Blue. Em dos casos relatados, um fake do jogador de basquete Lebron James publicou que estava de saída do Los Angeles Lakers. A conta falsa usava @KINGJamez como nome de usuário. O jogador de verdade (que continuará no Lakers) utiliza @Kingjames, com “S” no final e sem caixa alta no “King”.

Outra conta fingiu ser a Nintendo Estados Unidos e publicou uma foto do Mario mostrando o dedo do meio. Está parecendo que era melhor manter dois verificados do que o “pague para verificar” — melhor, manter como sempre foi. Era menos confuso.

A conta fake se passando por Lebron James foi suspensa, mas os dois casos citados e mais outros envolvendo “trollagens” de mudanças de jogadores mostra que a compra de um selo pode prejudicar os fãs que querem apenas saber o que os seus ídolos estão fazendo. Usando de exemplo duas grandes torcidas do futebol brasileiro, imagine a confusão que seria um fake do Gabigol, com selo de verificado, anunciando que vai para o Corinthians.

"Torcedores, calma". LeBron continua no Lakers (Imagem: Reprodução)
“Torcedores, calma”. LeBron continua no Lakers (Imagem: Reprodução)

O repórter Joon Lee, da ESPN, destaca algo importante dos casos. O Twitter é muito usado por fãs de esportes. No meu TCC, que envolveu o tópico de jornalismo esportivo, uma das pesquisas usadas como bibliografia mostrou que a rede social é a segunda tela dos eventos. 

Musk disse querer que os usuários fiquem mais tempo na plataforma, mas “trollagens” como essas afastam o público. Seja um torcedor, fã de música ou apenas alguém que gosta de acompanhar influencers.

Selo de verificação “legado” mantém problema

Ao clicar em um selo de verificado, o usuário poderá saber se a verificação veio por assinar o Twitter Blue ou por ser uma pessoa notável — em áreas como jornalismo, governo, entretenimento ou outra categoria. Uma boa tentativa de solucionar o problema, pena que continua falha.

Pegando o caso do LeBron James, para saber se a conta foi verificada por assinar o Twitter Blue ou pelo “sistema antigo” é necessário clicar para abrir a conta e logo depois no selo de verificado para saber a origem da verificação. Na internet, dois cliques é tempo demais. O usuário comum, que está mais para passar o tempo e talvez nem saiba desse recurso, verá uma conta verificada do LeBron e tomará a informação como verdadeira.

Selo de verificado informa a origem da verificação (Imagem: Reprodução)
Selo de verificado informa a origem da verificação (Imagem: Reprodução)

Twitter Blue no Brasil por R$ 44,90

O Twitter Blue antigo não chegou a ser disponibilizado no Brasil, então ele nunca teve um preço oficial. Em um primeiro momento, a equipe do Tecnoblog apurou que a assinatura custaria R$ 25,90. Ao acessar o aplicativo do Twitter na App Store, é possível ver a lista de compras dentro do app. A primeira linha mostrava “Twitter Blue (1 Mês)” R$ 25,90. Veja a captura de tela:

Preço do Twitter Blue no Brasil (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)
Preço do Twitter Blue no Brasil (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Agora, o preço do serviço aparece na lista custando R$ 44,90 — com mais R$ 2,07, você pode assinar o Amazon Prime, GloboPlay e Deezer (25% de desconto para quem tem GloboPlay). A informação foi passada para nós por um de nossos leitores.

Preço do Twitter Blue no Brasil pode sair por R$ 44,90 (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)
Preço do Twitter Blue no Brasil pode sair por R$ 44,90 (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Na lista de compras dentro do app também aparecem diversas arrobas de usuários com os preços de seus respectivos Super Follow/Super Seguidor. Entre elas está a conta da jornalista brasileira Cristina Tardáguila, radicada nos Estados Unidos, e Gary Black, investidor americano. 

O Super Follow ainda não está disponível no Brasil, mas os testes já foram liberados para diversos usuários. O preço da assinatura do Super Follow de Tardáguila é de R$ 14,90, enquanto a de Gary Black custa R$ 24,90. 

A listagem dos valores, que inclui até um @teslaownersSV com o valor de R$ 14,90, parece uma “gambiarra” ou algum erro na hora de subir a atualização do aplicativo. O mais fácil de imaginar é que, em um futuro próximo, a seção também mostrará os possíveis preços do Super Follow, algo que o Twitter precisa fazer por usar o serviço de cobrança da App Store (aqueles 30% de comissão da Apple).

Com informações: Engadget e The Verge

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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