Uber diz que proibição na Colômbia viola acordo com os EUA

A empresa considera recorrer a cortes internacionais após ter suas operações encerradas na Colômbia

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 1 semana
Aplicativo Uber - motorista

A Uber estuda recorrer a cortes internacionais após ter suas operações proibidas na Colômbia. A empresa afirma que, ao impedir sua atividade, o país violou compromissos firmados com investidores americanos em acordo de livre comércio com os Estados Unidos e causou um prejuízo de US$ 250 milhões.

A declaração é do gerente geral da Uber para a América Latina, George Gordon. “Estamos considerando essa opção e outros recursos legais”, disse à Reuters. “Queremos voltar, mas é uma questão de quando e como. Quando? O mais breve possível. Como? Isso depende do governo”.

Para o executivo, as autoridades colombianas “poderiam resolver isso hoje, se quisessem”. Em uma nota, a empresa afirmou ainda que foi tratada de forma injusta e que, agora, seus concorrentes crescerão às suas custas. “Em contraste com as medidas tomadas contra a Uber, outras empresas da Colômbia e de outros países não foram submetidas ao mesmo tratamento e continuam operando no país”.

O presidente da Colômbia, Ivan Duque, afirmou à Reuters que empresas de tecnologia são bem-vindas no país, mas devem atuar em igualdade de condições. A Superintendência de Indústria e Comércio da Colômbia, equivalente ao Cade, concluiu que a empresa mantém uma concorrência desleal com táxis.

O caso foi analisado a pedido da Cotech, uma empresa que fornece tecnologia de comunicação para uma operadora de táxis. Após a decisão, os serviços de transporte da Uber foram descontinuados no país — o Uber Eats segue funcionando.

Antes de ser proibida na Colômbia, a Uber contava com 2,3 milhões de usuários ativos no país, além de 88 mil motoristas. Apesar de estudar a ação judicial, a empresa destaca que sua preferência é por uma saída rápida e amigável para o impasse.

Com informações: Reuters.

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Victor Hugo Silva

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Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.