Vivo tem lucro de R$ 1,31 bi e aumenta meta para expansão de fibra óptica
Vivo diz que custo para expandir rede de fibra óptica diminuiu e quer cobertura para 29 milhões de casas até 2024; operadora cresceu no móvel e banda larga
Vivo diz que custo para expandir rede de fibra óptica diminuiu e quer cobertura para 29 milhões de casas até 2024; operadora cresceu no móvel e banda larga
A Telefônica Brasil divulgou os resultados financeiros para o 3° trimestre de 2021. A controladora da Vivo teve lucro de R$ 1,31 bilhão, o que representa crescimento de 8,5% na comparação anual. A operadora conseguiu um bom desempenho com o aumento de clientes de telefonia móvel e revisou a meta para expansão da rede de fibra óptica.
Veja os principais indicadores financeiros da Vivo para o 3° trimestre de 2021 e a comparação com o mesmo período em 2020:
Indicador | 3° trimestre de 2021 | 3° trimestre de 2020 | Diferença |
---|---|---|---|
Receita operacional líquida | R$ 11,03 bilhões | R$ 10,79 bilhões | +2,2% |
Lucro líquido | R$ 1,31 bilhão | R$ 1,21 bilhão | +8,5% |
Capex (investimentos) | R$ 2,15 bilhões | R$ 1,80 bilhão | +19,3% |
Número de clientes (total de acessos) | 94,42 milhões | 93,71 milhões | +4% |
O segmento móvel é soberano na geração de receitas para a Vivo. Ele foi responsável por R$ 7,39 bilhões do faturamento, alta de 3,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Vivo conseguiu crescer a base de acessos móveis para 82,2 milhões de linhas, o que representa alta anual de 7,2%. O maior crescimento foi no segmento pós-pago (que também inclui controle), com adição líquida de 9,4%. Essa categoria de serviços é a mais importante para as operadoras, uma vez que o gasto médio mensal por usuário costuma ser significativamente maior que no pré-pago.
Apesar da alta nas linhas e receita, a Vivo reduziu o gasto médio mensal por usuário. Em média, clientes da operadora pagam R$ 27,8 por mês com serviços de celular (-2,4%).
A operadora encerrou o trimestre com cobertura de celular em 4.991 municípios, dos quais 4.169 possuem tecnologia 4G.
Considerando todo o segmento fixo, a Vivo terminou o trimestre com 15,17 milhões de acessos, queda de 10,8% na comparação anual. O saldo negativo de desconexões representa acessos de tecnologias antigas, como voz fixa, banda larga com tecnologia xDSL e TV por assinatura via satélite.
O cenário muda quando se trata de tecnologias mais recentes. A Vivo teve alta de 7,4% nos clientes FTTx, que incluem acessos com fibra óptica até a casa do cliente (FTTH) e par metálico (xDSL) da antiga GVT.
Dos 5,43 milhões de clientes FTTx, cerca de 4,35 milhões recebem a fibra óptica dentro de casa. Essa modalidade teve crescimento anual de 39,2%. A tecnologia também permite TV por assinatura via IPTV, e são 918 mil contratos desse serviço (+7,4%).
No acumulado anual, a Vivo destaca que teve mais adições líquidas de fibra nos nove primeiros meses de 2021 em comparação com todo o ano passado. São 978 mil novos clientes da Vivo Fibra, que gastam em média R$ 90,2 por mês com o serviço de banda larga.
Durante a apresentação de resultados, a Vivo divulgou houve redução de 60% nos custos de construção da rede de fibra óptica. Em 2019, a operadora gastava R$ 400 por cada domicílio coberto (home passed); a cifra caiu para R$ 160 no terceiro trimestre de 2021.
Com a redução de custos, a Vivo revisou a meta de crescimento da rede de fibra óptica em 20%, sem aumentar a verba para investimentos. Se o proposto for cumprido, o serviço Vivo Fibra deve estar disponível para contratação em 29 milhões de endereços brasileiros até o final de 2024.
A meta inclui expansões da própria Vivo e de redes neutras, como a Fibrasil. Com isso, a Vivo deve ficar mais próxima da Oi: a companhia neutra V.tal, utilizada pela concorrente, planeja oferecer fibra óptica para 32 milhões de domicílios até o final de 2025.
De qualquer forma, os números revisados ainda são insuficientes para alcançar a Claro. A líder no setor de internet fixa tem rede que atinge 34,3 milhões de domicílios com tecnologia de cabo coaxial, além de 2,8 milhões com fibra óptica pura.
Atualmente, a cobertura da Vivo Fibra alcança 18,3 milhões de residências em 309 cidades brasileiras. A operadora é líder no segmento FTTH, enquanto a Oi figura no 2° lugar com cerca de 14,5% do mercado.
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