10 curiosidades sobre o Orelhão no Brasil
Tulipa, Capacete de Astronauta, Orelhinha, Chu I e Chu II; ainda não caiu a ficha? Descubra o que isso tudo tem a ver com o Orelhão
Tulipa, Capacete de Astronauta, Orelhinha, Chu I e Chu II; ainda não caiu a ficha? Descubra o que isso tudo tem a ver com o Orelhão
Se você nasceu nos anos 2000, talvez não entenda a nostalgia que é encontrar um telefone público, ou mais precisamente, um Orelhão pelo caminho. Comprar fichas ou cartões telefônicos, esperar na fila pra passar trotes ligar. Proteger-se daquela chuva de Verão. Confira 10 curiosidades sobre o Orelhão no Brasil.
Orelhão é um dos apelidos recebidos, mas ele também era conhecido como Tulipa, Capacete de Astronauta e Orelhinha. Seu nome técnico era Chu I e Chu II, em homenagem à criadora.
O Orelhão foi criado pela arquiteta Chu Ming Silveira (Xangai, 4 de abril de 1941 | São Paulo, 18 de junho de 1997), que veio para o Brasil com sua família, em 1951.
3. A ideia
A ideia surgiu em princípios de 1970, quando Chu Ming chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira.
4. A forma
Foi criada a partir da forma do ovo. Simples e acusticamente a melhor, segundo a arquiteta.
O modelo Chu I, em acrílico cor-de-laranja, foi idealizado para telefones públicos instalados em locais fechados, como estabelecimentos comerciais e repartições públicas.
O Chu II foi concebido para áreas externas, fabricado em fibra de vidro nas cores laranja e azul, resistente ao sol e à chuva, ao frio e às altas temperaturas brasileiras.
6. A solução
Os telefones realmente públicos só chegaram às calçadas brasileiras em meados de 1971, quando mais de 93 milhões de pessoas já habitavam o território nacional e nem se sonhava em carregar um telefone móvel. O celular foi lançado em 1973.
Design e acústica adequados às condições climáticas brasileiras estavam na base do problema e a solução proposta por Chu Ming:
Escreveu crônicas e reportou o surgimento do Orelhão, em sua crônica “Amenidades da Rua”.
O Orelhão possui letras para viabilizar a utilização da mesma forma que fazíamos com os celulares que não dispunham de teclado QWERTY. Ainda permitia que empresas incorporassem seus nomes nos números de telefone, facilitando a memorização. Um exemplo é a rede de escolas FISK, que utiliza os dígitos 3 (DEF), 4 (GHI), 7 (PQRS), 5 (JKL) em seu telefone.
Em 1973, foram exportados os primeiros Orelhões, para Moçambique, na África. Orelhões ou modelos inspirados no projeto de Chu Ming podem ser encontrados, em outros países da África, como Angola, da América Latina como Peru, Colômbia, Paraguai e da Ásia, como a China.
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