10 curiosidades sobre o Orelhão no Brasil

Tulipa, Capacete de Astronauta, Orelhinha, Chu I e Chu II; ainda não caiu a ficha? Descubra o que isso tudo tem a ver com o Orelhão

Tatiana Vieira
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• Atualizado há 1 mês
Curiosidades sobre o Orelhão no Brasil

Se você nasceu nos anos 2000, talvez não entenda a nostalgia que é encontrar um telefone público, ou mais precisamente, um Orelhão pelo caminho. Comprar fichas ou cartões telefônicos, esperar na fila pra passar trotes  ligar. Proteger-se daquela chuva de Verão. Confira 10 curiosidades sobre o Orelhão no Brasil.

10 curiosidades sobre o Orelhão no Brasil

1. Orelhão

Orelhão é um dos apelidos recebidos, mas ele também era conhecido como Tulipa, Capacete de Astronauta e Orelhinha. Seu nome técnico era Chu I e Chu II, em homenagem à criadora.

2. Chu Ming

O Orelhão foi criado pela arquiteta Chu Ming Silveira (Xangai, 4 de abril de 1941 | São Paulo, 18 de junho de 1997), que veio para o Brasil com sua família, em 1951. 

3. A ideia

A ideia surgiu em princípios de 1970, quando Chu Ming chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira. 

4. A forma

Foi criada a partir da forma do ovo. Simples e acusticamente a melhor, segundo a arquiteta.

Curiosidades sobre o Orelhão no Brasil

5. Os modelos

O modelo Chu I, em acrílico cor-de-laranja, foi idealizado para telefones públicos instalados em locais fechados, como estabelecimentos comerciais e repartições públicas. 

O Chu II foi concebido para áreas externas, fabricado em fibra de vidro nas cores laranja e azul, resistente ao sol e à chuva, ao frio e às altas temperaturas brasileiras. 

6. A solução

Os telefones realmente públicos só chegaram às calçadas brasileiras em meados de 1971, quando mais de 93 milhões de pessoas já habitavam o território nacional e nem se sonhava em carregar um telefone móvel. O celular foi lançado em 1973.

Curiosidades sobre o Orelhão no Brasil

7. O desafio

Design e acústica adequados às condições climáticas brasileiras estavam na base do problema e a solução proposta por Chu Ming:

  • Proteção ao telefone e ao usuário;
  • Baixo custo de fabricação e manutenção;
  • Simplicidade de instalação e operacional;
  • Durabilidade e resistência às intempéries, uso e danificação provocada;
  • Modularidade para atender pontos de diferentes concentrações;
  • Boa estética e acústica;
  • Atraente ao público;
  • Possibilidade de uso ininterrupto;
  • Satisfazer ergonomicamente à moda estatística do homem urbano brasileiro.

8. Carlos Drummond de Andrade

Escreveu crônicas e reportou o surgimento do Orelhão, em sua crônica “Amenidades da Rua”.

9. Teclado

O Orelhão possui letras para viabilizar a utilização da mesma forma que fazíamos com os celulares que não dispunham de teclado QWERTY. Ainda permitia que empresas incorporassem seus nomes nos números de telefone, facilitando a memorização. Um exemplo é a rede de escolas FISK, que utiliza os dígitos 3 (DEF), 4 (GHI), 7 (PQRS), 5 (JKL) em seu telefone.

10. Mundo

Em 1973, foram exportados os primeiros Orelhões, para Moçambique, na África. Orelhões ou modelos inspirados no projeto de Chu Ming podem ser encontrados, em outros países da África, como Angola, da América Latina como Peru, Colômbia, Paraguai e da Ásia, como a China.

Com informações: Orelhão e Intelbras.

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Tatiana Vieira

Tatiana Vieira

Ex-redatora

Tatiana Vieira é formada em design gráfico e pós-graduada em artes visuais. Integrou a equipe de redatores do Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo sobre Apple, softwares de edição, redes sociais e fotografia. Também conhecida como Etérea, é professora de yoga, viaja o mundo em busca de mais conhecimento e se autodenomina uma "cientista natural".

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